O Ministério da Saúde pediu nesta sexta-feira (11) a interdição cautelar do Laboratório PCS Lab Saleme após seis pacientes terem recebido transplante de órgãos contaminados com o vírus HIV.
De acordo com o governo, o erro ocorreu em dois exames realizados no PCS Lab Saleme, um laboratório privado contratado por licitação pela Fundação Saúde para atender ao programa de transplantes.
A contaminação foi descoberta em setembro, após um dos pacientes transplantados, que recebeu um coração, apresentar sintomas neurológicos depois de realizar exames e testar positivo para HIV. O paciente não possuía nenhum histórico anterior da doença.
A ministra Nísia Trindade classificou o episódio como "grave situação adversa".
“Prestaremos toda a assistência a essas pessoas e a seus familiares, e quero, além da solidariedade, reforçar esse compromisso do Ministério da Saúde. Ao mesmo tempo, temos o compromisso de garantir a segurança, efetividade e qualidade que são marcas indiscutíveis do Sistema Nacional de Transplantes do Brasil”, afirmou a ministra.
Além da interdição, a pasta determinou que todos os testes de doadores de órgãos sejam realizados exclusivamente pelo Hemorio utilizando o teste NAT e solicitou a retestagem do material dos doadores do laboratório sob investigação.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro (Cremerj) informou que abriu uma sindicância para investigar o caso. O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) e a Polícia Civil também abriram inquéritos para apurar o episódio.
Entenda o caso
Seis pacientes que receberam transplantes de órgãos no Rio de Janeiro foram contaminados pelo vírus HIV, testando positivo após a cirurgia. A informação foi confirmada pela Secretaria Estadual de Saúde (SES).
Os exames feitos nos doadores apresentaram 'falso negativo'.
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