O apagão que atinge a região metropolitana de São Paulo, já em seu quarto dia, causou prejuízos estimados em R$ 1,65 bilhão para o setor de comércio e serviços, segundo a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP).
O levantamento considera as perdas acumuladas desde a última sexta-feira (11), quando um temporal causou danos significativos à rede elétrica.
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De acordo com a Fecomércio-SP, o varejo paulistano registrou uma perda de aproximadamente R$ 536 milhões devido à interrupção das atividades em diversas lojas. O setor de serviços, por sua vez, acumula um prejuízo ainda maior, na ordem de R$ 1,1 bilhão.
"Esses dados foram compilados levando em conta que, aos fins de semana, o comércio de São Paulo tende a faturar, em média, R$ 1,1 bilhão por dia, enquanto os serviços movimentam cerca de R$ 2,3 bilhões", explicou a entidade em nota.
Cerca de 250 mil imóveis permaneciam sem energia na manhã desta terça-feira (15), segundo balanço divulgado pela Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia na Grande São Paulo. A empresa informou que o serviço já foi restabelecido para mais de 1,8 milhão de clientes, mas ainda não há prazo definido para a normalização completa do fornecimento.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que vai intimar a Enel para que a concessionária explique os problemas enfrentados durante o apagão e forneça um plano para evitar novos episódios.
A Fecomércio-SP, por sua vez, classificou a situação como "inaceitável" e criticou os recorrentes cortes de energia na maior cidade do país. "São Paulo não pode ficar tanto tempo sem eletricidade em meio a esses episódios, que causam enormes prejuízos ao empresariado e transtornos à população", afirmou a federação.
Diversos estabelecimentos, como supermercados, restaurantes e farmácias, estão recorrendo a soluções emergenciais, como a locação de geradores e a compra de combustíveis, para manter as operações mínimas funcionando. A federação também destacou os custos extras enfrentados por essas empresas, que precisam contratar mão de obra adicional para lidar com a crise energética.
Ainda de acordo com a Fecomércio-SP, o impacto econômico gerado pelo apagão pode ser maior do que o estimado, já que a Enel não forneceu uma resposta concreta sobre quando o serviço será restabelecido por completo. O órgão reforçou que está em diálogo com autoridades, como a Aneel e a Prefeitura de São Paulo, para buscar soluções rápidas e evitar que a situação se prolongue.
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