A taxa de desemprego no Brasil registrou 6,4% no terceiro trimestre de 2024, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Este é o menor índice para um trimestre encerrado em setembro desde o início da série histórica, em 2012, e a segunda menor taxa já registrada, ficando atrás apenas dos 6,3% observados em dezembro de 2013. Atualmente, o país conta com 7 milhões de pessoas desocupadas, o menor número desde janeiro de 2015.
A queda representa uma redução de 0,5 ponto percentual em comparação ao trimestre anterior, encerrado em junho (6,9%), e de 1,3 ponto percentual em relação ao mesmo período do ano passado, quando a taxa era de 7,7%. A população ocupada também bateu recorde, alcançando 103 milhões de pessoas — crescimento de 1,2% em relação ao trimestre anterior e 3,2% na comparação anual.
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Nível de ocupação e subutilização
O nível de ocupação, que mede o percentual de pessoas empregadas em idade para trabalhar, chegou a 58,4% — o maior patamar da série histórica para um trimestre encerrado em setembro. Em contraste, a taxa de subutilização, que inclui trabalhadores subempregados, desocupados ou disponíveis para o mercado, caiu para 15,7%, o menor índice para o período desde 2014, com 18,2 milhões de pessoas subutilizadas.
A população desalentada, composta por aqueles que desistiram de buscar trabalho, atingiu 3,1 milhões de pessoas, registrando estabilidade no trimestre, mas uma queda de 11,3% no ano, atingindo o menor nível desde 2016. O percentual de desalentados ficou em 2,7%.
Setor privado e informalidade
O número de trabalhadores no setor privado foi o maior da série histórica, totalizando 53,3 milhões de pessoas, aumento de 2,2% no trimestre e 5,3% no ano. Entre eles, 39 milhões possuem carteira assinada, enquanto outros 14,3 milhões atuam sem carteira, registrando crescimento de 3,9% e 8,1% no trimestre e no ano, respectivamente. A taxa de informalidade, que abrange trabalhadores sem vínculo formal, ficou em 38,8%, totalizando 40 milhões de trabalhadores.
Vagas formais e projeções
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o país criou 247 mil vagas formais em setembro, uma alta de 21% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse saldo é resultado de 2,16 milhões de contratações e 1,91 milhão de demissões. No acumulado de 2024, foram criados 1,98 milhão de empregos formais, com São Paulo liderando o saldo positivo no mês (57 mil), seguido pelo Rio de Janeiro (19 mil) e Pernambuco (17 mil).
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