Lucas Sanches, eleito prefeito de Guarulhos, é acusado de mandar agredir ex-assessor
Caíque Marcatt ainda acusa Sanches de ter operado um esquema de desvio de dinheiro público entre 2021 e 2024
31/10/2024 18h50
O vereador Lucas Sanches (PL), eleito no último domingo (27) prefeito de Guarulhos, maior cidade da região metropolitana de São Paulo, está envolvido em dois inquéritos: um que investiga suspeita de rachadinha no gabinete dele na Câmara Municipal, e outro que apura ameaça e agressão contra o ex-assessor que denunciou o caso.
Caíque Marcatt, ex-assessor do prefeito eleito, acusa Sanches de ter operado um esquema de desvio de dinheiro público entre 2021 e 2024. Ele aponta que o vereador nomeou ao menos cinco funcionários fantasmas para o seu gabinete, que nunca teriam aparecido para trabalhar.
Marcatt procurou a Polícia Civil em julho deste ano para denunciar a prática. Em depoimento, segundo divulgado pelo Uol, o assessor relatou que os parlamentares disseram que ele "só sairia da campanha morto". Disse também que procurou a polícia por temer por sua segurança e de sua família.
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Menos de um mês depois, Marcatt e o jornalista Valmir Pimenta foram agredidos com um cabo de enxada na Vila Augusta, em Guarulhos. Ainda com o rosto ensanguentado, o ex-assessor publicou um vídeo em que diz ter sido alvo de uma tentativa de homicídio e acusou Sanches de ser o mandante.
"Tentaram nos matar, se não fossem os seguranças (da padaria onde buscou socorro), o pior poderia ter acontecido. Quero pedir para vocês orarem pelas nossas vidas, porque já estamos sofrendo ameaças de morte há mais de um mês pela equipe do Lucas Sanches, e eles realmente cumpriram as ameaças que estavam fazendo."
Na época, Sanches publicou um vídeo em que diz ter sido "pego de surpresa com um monte de mentira". Justamente porque eu tenho enfrentado o sistema. Sou totalmente contra perseguição, agressão, difamação e ameaça", declarou.
Ele também entrou com uma queixa-crime acusando o ex-assessor de calúnia, que foi rejeitada.
O mandato pode ser cassado?
Caso seja provado o envolvimento do prefeito eleito com qualquer um dos crimes, além da pena, ele se tornaria inelegível. Entretanto, antes seria necessária uma decisão à qual ele não apresente recurso, ou de um órgão colegiado.
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