No Afeganistão, depois de serem proibidas pelo Talibã de falarem em público, agora as mulheres não podem nem mesmo conversar num grupo exclusivamente feminino.
A nova regra imposta pelo Talibã restringe ainda mais a participação da mulher na vida cotidiana. Elas não podem nem rezar em voz alta, em público.
As afegãs argumentam que elas são impedidas de ir às compras, à padaria, feira, ao mercado, pois não podem falar com o vendedor para fazer os pedidos. Como a voz feminina não pode mais ser ouvida nas ruas ou em lugares públicos, as mulheres enfrentam dificuldade até para serem atendidas nos hospitais.
Leia também: Moradores ficam sem comida em Valência e Exército é enviado às ruas
Elas acusam o Talibã de tentar apagá-las da sociedade, desde que o grupo voltou ao poder, em agosto de 2021. De lá para cá, a mulher afegã foi banida das escolas e do trabalho, elas foram obrigadas a cobrir o corpo da cabeça aos pés e não podem frequentar academias de ginástica, parques e praças.
A diretora da ONU para o Afeganistão, Asila Wardak, conclamou a comunidade internacional a não isolar o talibã ainda mais, pelo bem dos afegãos em geral.
Segundo a Organização Nações Unidas, a mulher é vítima em áreas de conflito de várias maneiras. Elas sofrem abusos sexuais e psicológicos, se tornam arrimo de família e, em 2023, o número de mulheres mortas nos mais de 120 conflitos existentes dobrou. De cada dez mortes, quatro são mulheres. As crianças vêm logo atrás, a maioria foi vitimada pela invasão israelense da faixa de Gaza e pela guerra no Sudão.
Leia também: Polícia faz operação para prender líderes da Mancha Alviverde e invade loja da torcida em SP
REDES SOCIAIS