O Dia Mundial das Diabetes é comemorado nesta quinta-feira (14), em busca de reforçar a conscientização a respeito da síndrome, principalmente para evidenciar a importância da prevenção.
Uma pesquisa global divulgada pela revista científica The Lancet, revela que dos 828 milhões de adultos com diabetes (tipo 1 e 2) no mundo, 445 milhões (57%) não receberam tratamento em 2022.
Além disso, também foram registradas taxas de tratamento estagnadas em muitos países de baixa e média renda. “Em 2022, apenas 5% a 10% dos adultos com diabetes em alguns países da África Subsaariana receberam tratamento, deixando um grande número em risco de complicações graves de saúde", diz o professor Jean Claude Mbanya, da Universidade de Yaoundé, em Camarões.
Os sete países com os índices mais baixos de cobertura foram: Índia (133 milhões), China (78 milhões), Paquistão (24 milhões), Indonésia (18 milhões), Estados Unidos (13 milhões), Bangladesh (13 milhões) e Brasil (10 milhões).
Os dados mostram que a taxa global de pessoas com diabetes dobrou de aproximadamente 7% para cerca de 14%, entre 1990 e 2022. Em 1990, eram 198 milhões, enquanto em 2022 chegaram a 828 milhões. Desse total, é estimado que 22 milhões vivem em solo brasileiro, o que torna o país com o sexto maior número de cidadãos com diabetes.
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A obesidade e a má alimentação são apontados pelos estudiosos como os principais fatores para o aumento da diabetes em nível global.
"Nossas descobertas destacam a necessidade de ver políticas mais ambiciosas, especialmente em regiões de baixa renda, para que restrinjam alimentos não saudáveis, tornem alimentos saudáveis acessíveis e melhorem as oportunidades de exercícios, por meio de medidas como a entrada gratuita em parques públicos e academias de ginástica", afirma Ranjit Mohan Anjana, da Fundação de Pesquisa de Diabetes de Madras.
Diabetes é uma doença crônica (que não tem cura e não se resolve em um curto período), que resulta do aumento da glicose (açúcar) no sangue. Existem quatro tipos principais: pré-diabetes — que acontece quando o nível de glicose está alto, mas ainda é anterior ao quadro de diabetes —, diabetes tipo 1, diabetes tipo 2 e diabetes gestacional.
Quando a glicemia (concentração de glicose) está alta, a capacidade do corpo de eliminar os radicais livres (moléculas liberadas pelo organismo que podem causar morte celular) é reduzida, o que compromete o metabolismo de diversas células.
Por essa razão, pessoas com a doença podem sofrer com dificuldade de cicatrização, já que as células responsáveis por esse processo são afetadas pelos radicais livres e não conseguem atuar como deveriam.
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