O dólar atingiu a marca histórica de R$ 5,99 nesta quinta-feira (28), reflexo da reação negativa do mercado ao pacote fiscal anunciado pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad.
Por volta das 10h30, a moeda subia 0,75%, negociada a R$ 5,98. No dia anterior, a cotação já havia fechado em R$ 5,91, com alta de 1,8%.
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O pacote, que prevê uma economia de R$ 70 bilhões em dois anos, inclui medidas como a isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil, um dos compromissos de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A renúncia fiscal estimada é de R$ 35 bilhões, embora analistas apontem impacto superior, entre R$ 40 bilhões e R$ 80 bilhões. O Governo Federal propôs compensações como a taxação mínima de 10% sobre rendimentos acima de R$ 50 mil mensais, mas o mercado questiona sua eficácia para equilibrar as contas públicas.
O pacote também apresenta medidas de ajuste, como idade mínima para aposentadoria militar, limite para emendas parlamentares e mudanças no abono salarial. No entanto, a percepção é de que as propostas são paliativas, adiando a solução para o problema da dívida pública.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores, também reflete a incerteza e opera em queda. Na manhã desta quinta (28), o índice recuava 0,7%, aos 126,7 mil pontos, após fechar na quarta-feira (27) com queda de 1,59%, a 127.859 pontos.
A volatilidade do mercado deve se manter nos próximos dias, agravada pela menor liquidez devido ao feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. Enquanto isso, aumentam-se as apostas de elevação da taxa Selic, com projeções de um pico de 14,25%.
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