Joe Biden concede “perdão completo e incondicional” ao filho após dizer que não o faria
Medida livra Hunter Biden de uma possível sentença de prisão; Donald Trump critica decisão
02/12/2024 11h12
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, concedeu “perdão completo e incondicional” a seu filho Hunter Biden.
Em um comunicado, o democrata afirma que concede o indulto “pelos crimes que ele cometeu ou possa ter cometido ou participado durante o período de 1º de janeiro de 2014 até 1º de dezembro de 2024”.
Com a medida anunciada no domingo (1º), o primogênito do chefe do Executivo norte-americano evita uma possível sentença.
A decisão, no entanto, vai contra declarações feitas pelo próprio presidente, que em várias ocasiões afirmou que não iria fazer isso. O argumento utilizado pelo político é de que Hunter foi “tratado de maneira diferente” e que as acusações foram influenciadas pela “pressão de seus adversários políticos no Congresso”.
“Nenhuma pessoa razoável que examine os fatos dos casos pode chegar a outra conclusão senão que ele foi escolhido especificamente por ser meu filho – e isso é errado. Houve um esforço para destruir Hunter – que está há cinco anos e meio sóbrio, mesmo diante de ataques implacáveis e de uma acusação seletiva”.
Leia também: Morre Rogério Cerqueira Leite, um dos maiores nomes da ciência brasileira, aos 93 anos
O advogado é acusado de cometer fraude fiscal e de ter realizado a compra ilegal de armas. Em setembro, ele se declarou culpado de nove acusações de fraude fiscal. O filho de Biden foi denunciado por não pagar pelo menos U$ 1,4 milhão (R$ 4,9 milhões) em impostos federais de 2016 a 2019.
As acusações incluíam: evasão fiscal grave, apresentação fraudulenta de declarações fiscais, não pagamento de impostos e não apresentação de declarações fiscais.
A promotoria também o acusa de gastar em carros de luxo, hoteis extravagantes e prostitutas, em vez de pagar os impostos devidos. Ele pagou cerca de US$ 2 milhões em impostos atrasados e multas depois de tomar conhecimento da investigação e se recuperar de um tratamento contra o vício em drogas e álcool. À época, se declarou culpado depois de uma tentativa frustrada de negociar um acordo para aceitar a pena sem a declaração de culpa. O apelo foi substituído sem acordo prévio com a promotoria.
Em junho, já havia sido condenado por compra ilegal de arma. O júri federal do Tribunal de Delaware decidiu que Hunter mentiu ao dizer que não usava drogas quando preencheu a documentação necessária para adquirir o equipamento. Na época, o primogênito do presidente dos EUA era viciado em drogas como cocaína e crack.
Ele era acusado de:
prestar declaração falsa na compra de uma arma de fogo;
fazer uma declaração falsa relacionada a informações que devem ser mantidas por um revendedor federal licenciado de armas de fogo;
posse de arma de fogo por pessoa que é usuário ilegal ou viciada em substância controlada.
Leia também: Bandeira verde: conta de luz fica mais barata em todo o Brasil no mês de dezembro
Em postagem na Truth Social no último domingo (1º), o presidente eleito Donald Trump diz que o perdão concedido é um abuso e um “erro judiciário”, além de lembrar daqueles que seguem presos após a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021: “O perdão dado por Joe a Hunter inclui os reféns J-6, que agora estão presos há anos? Que abuso e erro judiciário!”.
REDES SOCIAIS