90% dos agentes do mercado financeiro avaliam o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) negativamente. O dado consta na pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4).
Em comparação com o último levantamento, realizado em março de 2024, o índice é 26 pontos percentuais mais alto e equivale ao maior já registrado na série histórica, iniciada em março de 2023. 3% avaliam o governo como positivo (eram 6% em março) e 7%, como regular (eram 30%).
Os dados ainda apontam que 41% dos entrevistados avaliaram como positivo o trabalho de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, nove pontos percentuais abaixo do resultado de março (50%).
Outros 24% classificam como negativo (eram 12% em março), enquanto 35% como regular (eram 38%). Para 61% dos agentes do mercado financeiro, a força de Haddad diminuiu em comparação com o início do mandato (era 14% em março); 35%, veem como igual; e 4%, como mais forte neste período.
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Avaliação do pacote fiscal
Segundo a Quaest, 58% consideram o pacote fiscal nada satisfatório e 42%, pouco satisfatório. 67% dos entrevistados disseram que, após o pacote ser anunciado, vão aumentar investimentos no exterior, 30%, manter e 3%, diminuir.
Para 85% dos agentes do mercado financeiro, a isenção do imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil salários mínimos – anunciada junto com o pacote – tende a prejudicar a economia brasileira (15% acham que tende a ajudar). 99%, por outro lado, avaliam que o fim da morte ficta – pensão paga a famílias de militares expulsos –, tende a ajudar a economia brasileira.
Avaliação do arcabouço fiscal
Em relação ao novo arcabouço fiscal, modelo de equilíbrio das contas públicas adotado no início do governo de Lula em substituição ao teto de gastos que vigorava desde a gestão de Michel Temer (MDB), 58% acham que não tem nenhuma credibilidade e 42%, pouca credibilidade. A maioria dos agentes acredita que o arcabouço não se sustenta no longo prazo.
Avaliação do Congresso Nacional
O desempenho do Congresso Nacional também foi avaliado. Veja os números:
41% avaliam como negativo (eram 17% em novembro de 2023);
38% como regular (eram 45%);
21% como positivo (eram 41%).
Encomendado pela Genial Investimentos, o levantamento ouviu 105 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro em fundos de investimento com sede em São Paulo e no Rio de Janeiro, entre os dias 29 de novembro a 3 de dezembro. A margem de erro não foi divulgada.
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