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Brasil descartou mais de 41% dos resíduos de forma inadequada em 2023, aponta estudo

Relatório aponta que, apesar de uma leve melhoria, o Brasil ainda enfrenta desafios significativos na destinação e gestão de resíduos


10/12/2024 14h04

Um estudo divulgado nesta segunda-feira (9) pela Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema) revela que, em 2023, apenas 58,5% dos resíduos sólidos urbanos (RSU) gerados no Brasil tiveram destinação ambientalmente adequada.

O restante, aproximadamente 41,5%, foi descartado de maneira inadequada, com 35,5% dos resíduos sendo encaminhados para lixões, o que contraria a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que estabelecia o fim dos lixões até 2024.

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O Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2024 destaca que, embora tenha ocorrido uma leve melhora em relação a 2022 (quando o índice de destinação adequada era de 57%), o avanço ainda é insuficiente. O estudo alerta que esse cenário continua a representar riscos tanto para o meio ambiente quanto para a saúde pública.

Em média, o brasileiro gerou 1,047 kg de resíduos sólidos urbanos por dia, totalizando 81 milhões de toneladas ao longo de 2023. O Sudeste foi a região com o maior volume de geração, respondendo por quase 40 milhões de toneladas, o que equivale a 49,3% do total. Em contraste, a Região Norte foi responsável por apenas 7,5% do total gerado no país.

Em termos de coleta, 93,4% dos resíduos gerados foram recolhidos, sendo que 87,8% dessa quantidade foi captada pelos serviços públicos, e 5,6% por catadores informais. No entanto, cerca de 6,6% dos resíduos não foram coletados, sendo que uma parte significativa foi queimada a céu aberto.

Quanto à reciclagem, 8% dos resíduos secos coletados, ou cerca de 6,7 milhões de toneladas, foram encaminhados para esse processo, com 67,2% desses resíduos sendo gerenciados por catadores informais. Apenas 0,4% dos resíduos sólidos urbanos, ou aproximadamente 300 mil toneladas, foram direcionados para compostagem, gerando 85,5 mil toneladas de composto orgânico.

Os custos municipais com o gerenciamento de resíduos sólidos urbanos chegaram a R$ 34,7 bilhões em 2023, e, quando incluídas as despesas privadas, o total sobe para R$ 37 bilhões. O setor também gerou 386 mil empregos, com a maioria dos trabalhadores envolvidos em atividades operacionais.

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