O governo da Malásia anunciou nesta sexta-feira (20) a retomada das buscas pelos destroços do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido em 8 de março de 2014, com 239 pessoas a bordo.
A iniciativa foi confirmada pelo ministro dos Transportes Anthony Loke, que destacou a proposta da empresa norte-americana Ocean Infinity como “sólida e merecedora de consideração”.
A nova operação, prevista para cobrir uma área de 15 mil km² no sul do Oceano Índico, será realizada sob o modelo “não encontrar, não pagar”, pelo qual a empresa só receberá os US$ 70 milhões acordados caso localize destroços substanciais.
A Ocean Infinity já conduziu tentativas anteriores em 2018, sem sucesso, após uma busca conjunta realizada pela Malásia, Austrália e China em uma área de 120 mil km² também não apresentar resultados.
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O desaparecimento do Boeing 777, que partiu de Kuala Lumpur com destino a Pequim, permanece como um dos maiores mistérios da aviação mundial. Dados iniciais sugerem que o avião pode ter sido deliberadamente desviado de sua rota. Destroços confirmados e suspeitos da aeronave foram encontrados ao longo da costa africana e em ilhas do Oceano Índico, mas a localização precisa do avião permanece desconhecida.
“É nossa responsabilidade e compromisso trazer um desfecho para os familiares das vítimas. Esperamos que desta vez tenhamos sucesso”, afirma Loke. Entre os passageiros estavam 150 chineses, além de cidadãos de países como Malásia, França, Austrália, Índia, Ucrânia e Canadá.
Novos dados apresentados por especialistas reforçam a possibilidade de localizar a aeronave, segundo o ministro. A última transmissão do MH370 ocorreu cerca de 40 minutos após a decolagem, antes do transmissor ser desligado. Relatórios apontam que a aeronave desviou significativamente de sua rota original antes de desaparecer.
Um relatório de 2018, com 495 páginas, indicou que os controles do avião foram provavelmente manipulados deliberadamente para mudar de curso, mas os investigadores não chegaram a uma conclusão definitiva sobre o que aconteceu. As famílias das vítimas seguem cobrando respostas e indenizações de empresas como Malaysia Airlines, Boeing, Rolls-Royce e o grupo Allianz.
A operação será acompanhada de perto pelos governos envolvidos e pelas famílias das vítimas, com a esperança de que a nova busca possa finalmente encerrar esse capítulo trágico.
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