A Amazônia Legal registrou, em 2024, o maior número de incêndios florestais dos últimos 17 anos.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o total de 140.328 focos de incêndio foi 42% superior ao número de 2023, quando 98.634 ocorrências foram registradas. Esse aumento representa o maior índice desde 2007, quando o país registrou 186.463 incêndios.
Os incêndios são atribuídos a uma série de fatores, como a prolongada seca, que afetou a região desde meados de 2023, e o fenômeno de El Niño, que intensificou a gravidade da seca. Além disso, as atividades humanas, especialmente o uso do fogo para a limpeza de terrenos destinados à agricultura, foram apontadas como principais responsáveis pelos focos de incêndio.
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Embora os incêndios tenham disparado, o desmatamento na região apresentou uma redução de mais de 30% no período de 12 meses até agosto de 2024, sendo a menor taxa registrada nos últimos nove anos. Especialistas alertam que a combinação de desmatamento contínuo e os incêndios pode, no futuro, transformar a Amazônia em uma fonte de emissões de carbono, acelerando as mudanças climáticas.
Em 2024, o Brasil registrou um total de 278.299 focos de incêndio, o maior número desde 2010, com o Pará, Mato Grosso e Amazonas sendo os estados mais afetados. O bioma amazônico liderou o ranking, mas o Pantanal também registrou um aumento de 120% no número de incêndios. O Cerrado, por sua vez, registrou o maior número de incêndios desde 2012, com 81.432 focos.
As queimadas em grande escala de 2024 geraram uma poluição severa, afetando grandes cidades como Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, com uma fumaça espessa que persistiu por semanas.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem ressaltado a importância de proteger a Amazônia e de implementar políticas mais eficazes para a preservação do bioma. Em novembro, o Brasil será o anfitrião da COP30, a Conferência Climática da ONU, que ocorrerá em Belém, trazendo ainda mais atenção para o tema.
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