Notícias

Setor de serviços do Brasil recua 0,9% em novembro, mas mantém alta no acumulado de 2024

Desempenho negativo é o mais intenso desde abril, mas não altera tendência de crescimento


15/01/2025 12h30

O setor de serviços no Brasil registrou uma queda de 0,9% em novembro de 2024 na comparação com o mês anterior, após atingir o maior volume da série histórica em outubro.

Apesar do recuo, segue 16,9% acima do nível pré-pandemia, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (15).

Leia também: SpaceX realiza sétima tentativa de lançamento da Starship nesta quarta-feira (15)

Segundo Rodrigo Lobo, gerente do levantamento, o resultado negativo não indica uma mudança de trajetória. Ele destacou que o setor deve fechar o ano com alta de 2,9%, alcançando o quarto ano consecutivo de crescimento. Nos 11 primeiros meses de 2024, o acumulado registra crescimento de 3,2%.

A retração foi puxada por dois segmentos: transportes, que caiu 2,7%, e serviços profissionais, administrativos e complementares, com queda de 2,6%. Juntos, esses setores haviam apresentado dois meses consecutivos de alta antes do recuo em novembro. No entanto, atividades como informação e comunicação (1%), serviços prestados às famílias (1,7%) e outros serviços (1,8%) tiveram desempenhos positivos.

Impactos no transporte e no turismo
O segmento de transportes, que representa 36,4% do índice, foi afetado pela queda no transporte rodoviário de cargas, reflexo de uma menor produção agrícola, e pela redução no transporte aéreo e coletivo de passageiros, influenciada pela alta nos preços das passagens aéreas.

As atividades turísticas também recuaram 1,8% no mês, mas ainda estão 11,1% acima do nível pré-pandemia. Estados como São Paulo (-2,6%) e Paraná (-2,3%) tiveram as maiores quedas, enquanto Rio Grande do Sul (6,6%) e Rio de Janeiro (0,8%) registraram altas.

Crescimento consolidado em 2024
No acumulado do ano, quatro dos cinco segmentos pesquisados apresentaram alta, com destaque para informação e comunicação (6,4%), impulsionada por serviços de tecnologia e telecomunicações, e para serviços profissionais, administrativos e complementares (6,7%), que incluem atividades de publicidade e intermediação por plataformas digitais.

Embora a inflação e a taxa básica de juros elevada representem desafios, o setor de serviços se beneficia do aumento na renda da população e mantém um ritmo de desaceleração gradual. Lobo reforça que, mesmo com as dificuldades pontuais, os números gerais são positivos.

Os dados da PMS são fundamentais para acompanhar o desempenho do setor, que é o maior empregador da economia brasileira.

Leia mais: Ministério da Saúde avalia inclusão de Ozempic no SUS em 2025

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Governo escolhe curupira como mascote da COP 30, em Belém

SpaceX realiza sétima tentativa de lançamento da Starship nesta quarta-feira (15)

Ministério da Saúde avalia inclusão de Ozempic no SUS em 2025

Prefeitura de SP suspende serviço de mototáxi da 99; empresa entra na Justiça contra decreto

CNU: resultados da avaliação de títulos são divulgados nesta quarta (15); veja como acessar