O Hamas concordou com a proposta de cessar-fogo em Gaza e de devolver reféns, segundo afirmou uma autoridade israelense à agência de notícias Reuters.
No entanto, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, negou a informação e disse que o grupo armado ainda não aceitou a proposta.
“Ao contrário dos relatos, a organização terrorista Hamas ainda não respondeu ao acordo”, comunicou o gabinete em nota.
A crise começou em 7 de outubro de 2023, quando o Hamas atacou Israel, num ato que gerou 1,3 mil mortos. A resposta por parte dos israelenses levou entidades como Anistia Internacional a denunciar um genocídio em Gaza.
À Reuters, um representante do Hamas disse que o grupo já fez a aprovação verbal do acordo, e que só aguarda mais informações para o aval oficial.
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Autoridades do Catar, Egito e Estados Unidos, bem como de Israel e do Hamas, participam das negociações, que seguem nesta quarta-feira (15).
Em entrevista à rede de TV americana CNN, o Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, falou sobre o acordo: "Pode e deve acontecer nas próximas horas".
Já o Ministério das Relações Exteriores de Israel declarou, também nesta quarta, que o ministro Gideon Saar estava encurtando sua visita à Europa para poder participar das votações do gabinete de segurança e do governo sobre o tema:
"Após o progresso nas negociações de libertação dos reféns, o Ministro Sa'ar encurtou sua visita diplomática, que estava programada para continuar amanhã na Hungria. Ele retornará a Israel esta noite para participar das discussões e votações esperadas no Gabinete de Segurança e no governo".
Caso a proposta seja de fato aprovada, o Hamas e grupos aliados devem libertar 33 reféns na primeira fase. Em troca, Israel libertará centenas de prisioneiros palestinos.
Imediatamente, a ONU ordenou que dezenas de caminhões com ajuda humanitária se preparassem para entrar na região abalada por um dos piores conflitos em anos.
Uma segunda fase prevê a libertação de todos os reféns restantes, um cessar-fogo permanente e a retirada completa dos soldados israelenses. Segundo o site "Axios", 98 reféns israelenses sob o poder de Gaza ainda estariam vivos.
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