O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta segunda-feira (20) redução de 27% do número de mortes de indígenas na terra Yanomami e queda de 91% de áreas consolidadas pelo garimpo no território.
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Em 20 de janeiro de 2023, foi decretada emergência em saúde pública de importância nacional, motivada pela grave situação de desassistência sanitária enfrentada pelo povo Yanomami.
Desde então, foi implementada uma estratégia abrangente e integrada para enfrentar o garimpo ilegal, preservar o meio ambiente e assegurar condições dignas de vida às comunidades indígenas.
A resposta do governo envolveu a articulação de 33 órgãos, sob a coordenação da Casa Civil da Presidência da República. Atendendo a uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Estado intensificou a presença no território.
Em janeiro de 2023, Lula visitou a região, reforçando o compromisso com a melhoria das condições de saúde e a proteção dos Yanomami, além de priorizar medidas que combatam as causas da crise humanitária.
A gravidade da situação imposta aos indígenas fez com que o governo federal liberasse R$ 1,7 bilhão em créditos extraordinários. O trabalho foi reforçado com a implantação da Casa de Governo, em Boa Vista.
A estrutura federal foi inaugurada em fevereiro de 2024, quando passou a centralizar as operações de retirada de invasores da Terra Yanomami, consolidando a primeira política permanente na região.
Apenas em 2024, 3.536 operações de segurança impuseram à rede criminosa do garimpo ilegal um prejuízo no valor de R$ 267 milhões e consolidaram uma redução de 95,76% nas novas áreas de garimpo, que caíram de 1.002 hectares explorados em 2022 para apenas 42 hectares em 2024.
O combate intenso resultou em uma redução de 91% nas áreas já impactadas pelo garimpo na Terra Indígena Yanomami (TIY). Dados do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) mostram que o garimpo ativo diminuiu de 4.570 hectares, em março, para 313,6 hectares, em dezembro.
Relembre o Roda Viva com o líder indígena Yanomami, Davi Kopenawa:
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