A presidente do México, Claudia Sheinbaum, anunciou nesta segunda-feira (3) que fez um acordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para adiar por um mês a implantação de novas tarifas de importação.
Em entrevista a jornalistas nesta segunda-feira, ela afirmou que o país vai mandar imediatamente 10 mil membros da guarda nacional para reforçar o controle da fronteira.
A conversa ocorreu dias depois de Trump anunciar a aplicação de tarifas de 25% ao México e ao Canadá. A medida entraria em vigor nesta terça-feira (4).
Em postagem na sua rede social, a Truth Social, Trump classificou a conversa com Claudia como “amigável”.
“Concordamos ainda em suspender imediatamente as tarifas previstas por um período de um mês, durante o qual teremos negociações lideradas pelo Secretário de Estado Marco Rubio, pelo Secretário do Tesouro, Scott Bessent, e pelo Secretário do Comércio, Howard Lutnick, e por representantes de alto nível do México. Estou ansioso por participar nessas negociações, com a Presidente Sheinbaum, enquanto tentamos alcançar um “acordo” entre os nossos dois países”, escreveu o presidente.
Entenda o caso
Segundo Trump, a taxação sobre o Canadá e o México foi imposta devido à “permissão de uma invasão ilegal de migrantes”, enquanto a China foi alvo da medida “pelo fentanil ilegal que eles obtiveram e permitiram distribuir em nosso país, matando dezenas de milhões de americanos”.
De acordo com os decretos assinados por Trump, as importações da China serão taxadas em 10%, já os produtos do Canadá receberão um acréscimo de 25% — com 10% sobre o petróleo canadense. As novas tarifas começam a valer na terça-feira (4).
Já neste sábado (1°), o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre produtos dos Estados Unidos.
O primeiro-ministro informou que US$ 30 bilhões entrarão em vigor na terça-feira (4), já outros US$ 125 bilhões serão aplicados em 21 dias.
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