O primeiro mês de 2025 foi o janeiro mais quente já registrado, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (6) pelo Copernicus, observatório climático da União Europeia.
O mês atingiu um recorde global de temperatura, com uma média de 13,23°C, ficando 1,75°C acima do nível de janeiro do período pré-industrial, no final do século XIX.
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Além disso, em 18 dos últimos 19 meses, a temperatura média global superou 1,5°C em relação à meta estipulada pelo Acordo de Paris, que busca evitar impactos climáticos catastróficos e o colapso de ecossistemas.
O recorde de calor ocorreu apesar da influência do fenômeno La Niña, que normalmente reduz a temperatura média global ao resfriar as águas do Pacífico Equatorial. Já o El Niño, que tem o efeito oposto no aquecimento do planeta, encerrou-se em maio de 2024.
“Janeiro de 2025 é mais um mês surpreendente, mantendo as temperaturas recordes observadas nos últimos dois anos, apesar das condições de La Niña no Pacífico tropical, que normalmente exercem um efeito temporário de resfriamento nas temperaturas globais”, afirmou Samantha Burgess, diretora-adjunta do Copernicus.
O Copernicus ainda revelou que, em janeiro, a temperatura média terrestre na Europa ficou 2,51°C acima da média de 1991 a 2020, atrás apenas de janeiro de 2020, que registrou 2,64°C. As temperaturas também ficaram acima da média no nordeste e noroeste do Canadá, no Alasca (EUA), na Sibéria (Rússia), no sul da América do Sul, na África e em grande parte da Austrália e da Antártida.
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