Justiça argentina vai apurar se Milei cometeu crime ao indicar criptomoeda

A Justiça Federal da Argentina vai investigar se o presidente do país, Javier Milei, cometeu crime ao promover, nas redes sociais, uma criptomoeda que perdeu quase todo o valor após ser indicada pelo presidente.

O que aconteceu?

"Este projeto privado será dedicado a incentivar o crescimento da economia argentina por meio do financiamento de pequenas empresas e startups argentinas. O mundo quer investir na Argentina”, escreveu o presidente no X, antigo Twitter, na última sexta-feira (14). Embaixo do post, ele publicou o link da criptomoeda libra.

Cerca de 45 minutos depois da publicação da autoridade, o valor do ativo chegou a quase US$ 5 bilhões no mercado. No entanto, 15 minutos depois da alta, por volta das 18h, a criptomoeda despencou e perdeu US$ 87 milhões. Às 23h, desvalorizou US$ 4,4 bilhões.

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Muitos argentinos seguiram a "sugestão" e perderam dinheiro. A oposição chama o caso de "fraude" e ameaça entrar com um pedido de impeachment contra Milei. A bolsa de valores do país despencou 6% nesta segunda-feira (17).

Horas depois da publicação, o chefe de Estado apagou o post, alegando desconhecimento dos detalhes do ativo. Ele também pediu uma "investigação urgente" ao escritório anticorrupção, um órgão do próprio governo.

A publicação de Javier Milei será investigada pela Justiça Federal argentina e pelo Congresso. A oposição entrou com ações judiciais contra o presidente e deve apresentar um pedido de impeachment pela participação de Milei no que está sendo chamado de “mega fraude”.

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