Após a entrega dos corpos de quatro reféns em caixões na quinta-feira (20), as Forças de Defesa de Israel (IDF) acusaram o grupo terrorista Hamas de descumprir os termos do acordo de entrega de reféns.
Israel alega que os restos mortais de Shiri Bibas não estavam entre os recebidos: “Durante o processo de identificação, foi constatado que o corpo adicional recebido não pertence a Shiri Bibas e não corresponde a nenhum outro sequestrado”, informa em comunicado.
Os corpos dos filhos dela, no entanto, Ariel e Kfir, foram identificados, assim como o de Oded Lifschitz, um idoso de 83 anos.
Devido ao ocorrido, as IDF exigiram a devolução do corpo de Shiri Bibas, além da libertação de todos os reféns restantes, sem especificar um prazo. O Hamas, por sua vez, admitiu um possível erro nesta sexta-feira (21).
O grupo armado afirma que os restos mortais podem ter sido misturados com outros corpos sob os escombros de um ataque aéreo israelense que atingiu o local onde ela estava sendo mantida na Faixa de Gaza, atribuindo, inclusive, a morte deles a um bombardeio, o que o país não confirma. A confusão será investigada e os resultados serão anunciados em breve, segundo um comunicado divulgado.
Shiri fazia parte da família Bibas, sequestrada no dia 7 de outubro de 2023 durante o ataque terrorista do Hamas ao território israelense, e que se tornou símbolo da luta pelo retorno dos reféns. Ela era a mãe de Ariel, de quatro anos, e de Kfir, de nove meses — este último, o mais novo dos sequestrados. A entrega dos corpos dos reféns causou comoção nacional.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, acusou o Hamas de ter cometido uma "violação cruel" da trégua pela troca dos corpos, e disse que a nação atuará "com determinação" para trazê-la de volta.
Veja o que diz Rafael Rozenszajn, porta-voz do Exército de Israel:
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