Cláudio Lembo, ex-governador de São Paulo, morreu aos 90 anos na madrugada desta quarta-feira (19) em São Paulo.
Figura de destaque na política paulista, assumiu o comando do estado em março de 2006, quando Geraldo Alckmin (ex-PSDB) renunciou ao cargo para concorrer à Presidência da República. Antes, foi vice-governador entre 2003 e 2006.
Até o momento, a causa da morte não foi divulgada pelos familiares. O velório será realizado na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), das 10h30 às 15h. O sepultamento ocorrerá no Cemitério do Araçá, a partir das 16h.
Quem era Cláudio Lembo?
Um dos fundadores do antigo PFL, era filiado ao Partido Social Democrático (PSD), comandado por Gilberto Kassab, desde 2011.
Formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade de São Paulo (USP), também era doutor em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde também foi reitor e coordenador de curso da pós-graduação.
Nas eleições de 1978, foi candidato ao Senado Federal, além de candidato a vice-presidente da República no pleito de 1989. Na Prefeitura de São Paulo, foi secretário de Negócios Extraordinários entre 1975 e 1979, de Negócios Jurídicos, de 1986 a 1989, e de Planejamento, em 1993.
No governo do presidente José Sarney, foi chefe de gabinete do ministro da Educação Marco Maciel, entre 1985 e 1986. De 1995 a 1997, foi assessor dele, quando este foi vice-presidente no governo de Fernando Henrique Cardoso.
Em uma publicação nas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamenta o falecimento de Lembo: “Deixa um legado de compromisso com a democracia, com os valores constitucionais e com o amor pelo Brasil. Meus sentimentos à família e aos amigos”.
Recebi com tristeza e consternação a notícia do falecimento do professor, jurista, acadêmico e ex-governador de São Paulo Cláudio Lembo. Meu amigo desde os anos 1970, Lembo foi símbolo de Política escrita assim, com P maiúsculo. Representante do campo conservador, sempre tivemos…
— Lula (@LulaOficial) March 19, 2025
Em homenagem ao político, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) decretou luto oficial de três dias. Ele deixa a esposa Renéa, o filho José Antônio, as netas Carolina, Cristiana e Isabella e o neto Lucas.
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