Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

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Televisão

Rádio

Quando falamos em quadrinhos asiáticos, é normal pensarmos em mangá. Afinal, os quadrinhos japoneses têm um enorme alcance internacional. Mas há, obviamente, muitos outros artistas talentosos criando HQs na Ásia. Infelizmente, poucos chegaram por aqui, mas gosto de ficar de olho neles. Para a coluna desta semana, separei cinco trabalhos de países diferentes - com mais cinco para a semana que vem.

CHINA

Uma Vida Chinesa”, de Li Kunwu e Philippe Ôtié

Esta trilogia autobiográfica é incrível. Li Kunwu escreve e ilustra com impressionante sinceridade sua trajetória pessoal, a de sua família e a de seu país. A importância do Partido Comunista, o violento período de fome, as agruras da família, o Massacre da Paz Celestial, a importância dos quadrinhos, o primeiro contato com uma comicon fora de seu país... Seu talento como artista não conseguiria traduzir tão bem estes e outros momentos se ele não estivesse disposto a se expor com tanta sinceridade.

COREIA DO SUL

Jun”, de Keum Suk Gendry-Kim

Na minha opinião, Keum Suk Gendry-Kim é uma das grandes talentos dos quadrinhos contemporâneos não só em seu país, mas no mundo. É dela “Grama”, imponente graphic novel de quase 500 páginas que narra a história de uma sobrevivente dessa escravidão sexual. Mas como já escrevi uma coluna aqui na Cultura sobre esta obra ("Como você se rebaixou tanto, humanidade? O impacto de uma HQ de não-ficção"), vou sugerir outra HQ de Keum Suk Gendry-Kim: "Jun" é a sensível história de um menino autista e sua ligação com a família - e a música.

FILIPINAS

"Vóltar", de Alfredo Alcala

OK, preciso ser sincero aqui: ainda não li "Vóltar" - está na lista (em eterno crescimento de por ler). Mas conheço Alcala, artista que fez seu nome nas editoras gigantes americanas Marvel e DC e, principalmente, ilustrando histórias do Conan. Este livro mostra sua maior criação em seu país natal: o bárbaro Vóltar, criado em 1963, e suas aventuras em um mundo de espada e feitiçaria.

ÍNDIA

Pryia e o Redemoinho”, de Shubhra Prakash e Raven Kaliana

Nós, leitores brasileiros, ainda não tivemos o acesso que gostaríamos ao enorme universo de quadrinhos indianos. Há aqui uma oportunidade, ainda que não impressa: “Pryia e o Redemoinho” está disponível, em português, no site oficial da personagem, priyashakti.com. Criada para o público infantojuvenil, a super-heroína indiana Priya foi criada para ajudar a combater a violência de gênero, enfrentou negacionistas da Covid e, nesta aventura, luta contra o aquecimento global e problemas climáticos.

IRÃ

Uma Metamorfose Iraniana”, de Mana Neyestani

Este álbum autobiográfico é uma paulada. Neyestani escrevia e ilustrava uma HQ infantil em um jornal iraniano. Seu drama começou quando colocou uma onomatopeia usada para representar a fala de um inseto - a onomatopeia em questão lembrava uma palavra do idioma azeri, falado por uma minoria perseguida no Irã. Neyestani foi preso por isso e passou a aguardar um julgamento que nunca vinha.