Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

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Televisão

Rádio

Semana de feriado nacional: Dia da Independência! Aproveito esta data semana para indicar sete obras nacionais que foram lançadas neste ano de 2023. Escrevi “indicações”, note bem: não coloquei “dicas” porque não terminei todas as leituras no momento em que escrevo este texto. A “Expressa Angeli”, por exemplo, ainda nem chegou aqui em casa – mas vale ser indicada por abordar um dos nossos maiores quadrinistas de todos os tempos.

Debaixo D’Água”, de Fernanda Baukat e José Aguiar

“Debaixo D’Água” é uma obra autobiográfica, original e que provoca reflexão sobre um tema importantíssimo: como os médicos brasileiros se comportam ao acompanhar uma gestação. O parto vai ser natural? Cesárea? Mais do que isso: como os pacientes são orientados e atendidos? Houve momentos em que senti meu fígado ferver de ódio. É excelente que este tema tenha sido abordado de maneira tão direta e sincera.


Bendita Cura – Edição Definitiva”, de Mário César

Este livrão (mais de 300 páginas) reúne os três números da trilogia que, como a obra indicada acima, aborda um tema importante e urgente. No caso, a absurda homofobia – seja ela causada por fanatismo religioso ou não. Por meio do personagem Acácio do Nascimento, Mário César nos mostra, em uma história envolvente e didática, a diária e dilacerante dor de um gay lutando contra a sociedade (especialmente sua família) pelo direito de ser quem ele é.


Inteiro Pesa Mais do que Metade”, de Carol Ito

Assim como os dois livros acima, uma HQ que aborda problemas atuais: neste caso, o relato autobiográfico de Carol Ito reflete sobre ansiedade e depressão. A autora sabe muito bem como conduzir histórias – não à toa, recebeu no ano passo o Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos na categoria Arte, pela reportagem em quadrinhos “Três Mulheres da Craco” (revista Piauí).


Antes que o Universo nos Destrua”, de Gabriel Dantas

Quanto mais leio o trabalho de Gabriel Dantas no Instagram, mais tenho me interessado pela obra dele. Suas histórias são sensíveis, inteligentes, de alto nível – como podemos ver neste drama “Antes que o Universo nos Destrua”, uma história sobre família, amizade e amadurecimento.

O Filho do Norte: Gonçalves Dias, o Poeta do Brasil”, de André Toral

Este livro tem tudo a ver com esta semana da Independência – e esta coluna. André Toral, grande quadrinista, apresenta frequentemente temas ligados à História do Brasil. Não fugiu à regra nesta obra, e desta vez nos brindou com a biografia de Gonçalves Dias, autor dos históricos versos “Minha terra tem palmeiras, / Onde canta o Sabiá; / As aves, que aqui gorjeiam, / Não gorjeiam como lá.”


Expressa Angeli

Como mencionei acima, ainda este exemplar ainda não chegou em casa (comprei na pré-venda). Mas não tem muito erro, a “Expressa” é sempre ótima: trata-se de uma revista que, a cada número, apresenta um dossiê bem completo de um grande quadrinista – quase sempre brasileiro. Este exemplar que está saindo é sobre Angeli, que dispensa apresentações: artista por trás da “Chiclete com Banana”, nos brindou com personagens como Bibelô, Mara Tara, Skrotinhos... Falo nesta coluna aqui na Cultura sobre a importância da obra do Angeli para os quadrinhos brasileiros.


Laertevisão – Edição Especial: Coisas Que Não Esqueci”, de Laerte

Uma nova edição para este ótimo livro da Laerte: um misto de recordações e reflexões ancorados nos anos 50, 60 e 70, e que tem como um de seus motes a chegada da televisão no Brasil – e sua influência nesta que hoje uma das maiores artistas do País (não só nas HQs, mas em qualquer Arte).