Fundação Padre Anchieta

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A média de navegação na internet no Brasil é de 10 horas e 8 minutos, três horas a mais do que a média mundial, que é de 6 horas e 54 minutos. Considerando que o tempo médio de sono varia entre 7 e 8 horas, o dia típico do brasileiro é dedicado primeiro ao mundo virtual, depois ao sono, restando algo em torno de cinco horas para outras atividades. Os dados recentemente atualizados foram divulgados pelo cr.

Os relatórios que servem de base para o informativo levam em conta o ano de 2020, em plena pandemia, e indicam um crescimento anual de cerca de 7% no uso global de internet. Como muitas atividades migraram para o formato online nesse período, era de se esperar um crescimento nesse segmento. Mas serviços nativos digitais, como Facebook, Instagram e Twitter, por exemplo, apresentaram crescimento ainda maior: 13% em relação a 2019.

O mesmo relatório aponta que a utilização de redes sociais no Brasil é de 3 horas e 42 minutos, contra 2 horas e 25 minutos da média mundial. Só passam mais tempo que os brasileiros nas mídias sociais filipinos e colombianos. Na outra ponta, os japoneses são os que ficam menos tempo nas redes, menos de 1 hora diária, em média. No geral, 98,8% dos acessos a este tipo de serviço são feitos pelo celular.

A propósito, há mais de 5 bilhões de usuários de celular no mundo, o que corresponde a 85% de todas as pessoas do planeta com mais de 13 anos de idade. Esse universo gera mais de 8 bilhões de conexões na internet. O Brasil fica um pouco abaixo da média neste ranking, com 51% de acessos a partir de dispositivos móveis, contra 55,7% da média global, já que muitas pessoas acessam a rede de um computador do trabalho. A lista é liderada pela Nigéria, com 82,1% das navegações por celulares, e na lanterna traz a Rússia, com 26% de acessos móveis.

Dos dez aplicativos com mais usuários ativos, os quatro primeiros pertencem ao Facebook: além da rede social homônima, que lidera o ranking, o grupo de Mark Zuckerberg ainda controla o WhatsApp (2º), o FB Messenger (3º) e o Instagram (4º). Já a lista dos aplicativos mais utilizados em quantidade de minutos diários é liderada pelo App de relacionamento Tinder, seguido do TikTok (2º), YouTube (3º) e Disney+ (4º).

Apesar do sucesso das redes sociais no período de confinamento, a busca por informações em geral foi a principal razão de acesso, declarada por dois a cada três usuários de internet no mundo. Manter contato com amigos e familiares vem logo na sequência, com 56% das respostas. Pesquisas por notícias fica na terceira posição, com 55% do total.

Uma mudança instigante detectada pelos estudos trata do uso de redes sociais – e não do Google, por exemplo – para pesquisas relacionadas a marcas. Aproximadamente 45% dos usuários de internet afirmam recorrer às mídias sociais quando procuram informações sobre produtos ou serviços que estão pensando em comprar. No Brasil, esse comportamento é ainda mais comum, chegando a 62% dos usuários.

Quanto mais jovem, mais buscas sociais faz: na faixa etária dos 16 aos 24 anos, já há mais buscas por marcas em mídias sociais do que nos buscadores. No grupo dos 25 aos 34 anos, a disputa entre os mecanismos de pesquisa de marcas fica no empate. Só a partir dos 35 anos é que ferramentas de busca lideram com folga, em detrimento das redes sociais.

Um dos rankings mais importantes em que o Brasil ainda precisa melhorar muito é o de pessoas com acesso a internet em relação ao total de habitantes. A cada 100 brasileiros, somente 75 podem desfrutar dos benefícios de estar conectado, com ter aulas remotas, receber benefícios governamentais e ler notícias de fontes confiáveis e variadas.

Ricardo Fotios é jornalista, professor universitário e pesquisador de temáticas relacionadas ao uso de tecnologias no ecossistema da comunicação e da cibercultura. É autor de Reportagem Orientada pelo Clique (Appris, 2018).