Olimpíadas

Gabriel Medina critica COB por vetar ida de esposa Yasmin Brunet para Tóquio

Surfista brasileiro alega que esposa faz parte de sua equipe. COB se defende afirmando que só credencia profissionais técnicos


16/06/2021 20h15

O surfista Gabriel Medina criticou o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) por vetar a ida da esposa Yasmin Brunet para Tóquio, onde será disputado os Jogos Olímpicos. O bicampeão mundial disse que solicitou a ida da mulher com ele ao Japão, mas teve o pedido negado. O Comitê alegou que apenas profissionais técnicos podem ser credenciados.

"Tenho conversado bastante com o COB. A gente pode levar para o Japão duas pessoas dentro da comissão, e cada atleta está levando o seu pessoal. O Ítalo [Ferreira, também surfista] está levando um amigo que o ajuda, e comigo estão dificultando. Minha vida mudou, eu tinha outro coaching, outra estrutura, duas pessoas que não trabalham mais comigo, e não me deram a confirmação se vou poder levar meu atual coaching", disse Medina em entrevista para a CNN.

Medina e Brunet se casaram no final de 2020. Desde então, ela viaja com ele para todas as etapas do Circuito Mundial de Surf. O atleta diz que informou o COB sobre a situação dela e está frustrado por eles usarem um critério diferente com ele.

“Eles (COB) falaram que ela não tem nada a ver com o surfe, que ela não poderia ajudar a delegação. Mas e o marido da Tati (Tatiana Weston-Webb)? Ele surfa, participou do circuito mundial. Estou só questionando por que eu não posso levar? São as pessoas que me ajudam. Não é porque é melhor, é porque são pessoas que estão no meu dia a dia. Acho certo eles levarem o time deles, só que eu não sei qual a dificuldade de eu levar o meu time”, acrescentou.

Leia também: CBJ anuncia equipe de judô brasileiro para as Olimpíadas de Tóquio 2020

Medina faz parte da equipe brasileira de surf nas Olimpíadas. Além dele, Italo Ferreira, Silvana Lima e Tatiana Weston-Webb também vão representar o país. Todos são esperança de medalha.

Leia a nota do COB na íntegra:

De acordo com o regulamento dos Jogos Olímpicos, somente um profissional que esteja credenciado na lista larga pode substituir outro. Além disso, há uma limitação de credenciais para as delegações, e a política do COB é de que os oficiais tenham funções estritamente técnicas. Em virtude desta limitação, cada atleta do surfe terá acompanhamento de um profissional da área técnica com experiência comprovada. 

A limitação de credenciais para oficiais segue as diretrizes do comitê organizador, que ficaram ainda mais restritivas com intuito de proteger a saúde dos atletas por conta da pandemia. Necessariamente, o credenciado tem que ser um profissional que tenha ligação com a modalidade, o COB seguiu expressamente este critério para a aprovação de qualquer credencial.

No ano passado, o COB informou aos atletas de todas as modalidades sobre a existência do programa "Familiares e Amigos", pelo qual o comitê daria todo o suporte para que os competidores pudessem receber as pessoas mais próximas na cidade sede dos Jogos, de forma a ter por perto todos aqueles que os ajudam no dia-a-dia, inclusive com ingressos para as competições e espaço específico do Time Brasil para encontros. 

Infelizmente, em decorrência da pandemia, o COB teve que cancelar este programa. O Japão impôs diversas restrições a todos os países participantes, impedindo inclusive a entrada de familiares, amigos, fãs e turistas no país durante o período dos Jogos, que também devem ocorrer sem público. 

Em maio, COB e Gabriel Medina acordaram que o treinador Andy King seria oficial credenciado para atuar como treinador do atleta nos Jogos Olímpicos de Tóquio. 

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