Olimpíadas

Erica Sena leva punição na última reta e não consegue conquistar a inédita medalha na marcha atlética

Brasileira estava com caminho livre para uma conquista histórica, mas fiscais de prova a punem nos últimos metros


06/08/2021 06h16

Uma das derrotas mais doídas do atletismo brasileiro. Na marcha atlética, Erica Sena fez uma corrida que beirou a perfeição e estava muito próxima de conquistar o bronze. Mas ela sofreu uma punição faltando menos de 500 metros e precisou fazer uma parada obrigatória por dois minutos. Isso fez com que ela terminasse a corrida na 11ª colocação.

O resultado acabou sendo muito frustrante. Caso não fosse a punição, seria uma conquista inédita para o país, que nunca entrou no pódio nesta modalidade. Além disso, o Brasil ia bater o recorde medalhas em uma única edição de Jogos Olímpicos. Ia chegar a 17ª medalha, e com as outras três já garantidas (duas no boxe e outra no futebol masculino), ia alcançar a vigésima. 

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Mas a punição não impediu que esse fosse o melhor resultado do Brasil na marcha atlética em Tóquio. Na prova masculina, Caio Bonfim terminou na 13ª colocação.

O ouro ficou com a italiana Antonella Palmisano e a prata para Sandra Lorena Arenas. Quem herdou o bronze da brasileira foi a chinesa Hong Liu.

Sobre a corrida

A brasileira chegou muito motivada em Tóquio. Nos últimos Jogos Olímpicos, ela terminou a prova em sétimo lugar e já tinha conseguido a melhor posição de uma atleta do Brasil na modalidade. Durante o ciclo, se colocou entre as melhores do mundo na prova, com uma 4ª colocação nos dois últimos Mundiais e também 4ª no Mundial de Marcha em 2018.

Sena era a única representante do Brasil na marcha atlética. Aos 36 anos, usou toda a sua experiência para se manter no pelotão de frente durante toda a prova. O grupo no início da prova eram de 15 atletas e ao longo do percurso foi diminuindo. A brasileira nunca desgarrou dos líderes.

Nos quatro quilômetros finais, as corredoras começaram a acelerar o ritmo e o Pace subiu. Assim, a italiana Antonella Palmisano e a chinesa Jiayu Yang deram um arranque para disputar o ouro. A brasileira ficou no pelotão de trás lutando pela terceira colocação.

Nos momentos finais, Sena demonstrou cansaço e desconforto. Mas ela foi ajudada por uma punição a Yang, que precisou parar por dois minutos. Isso fez com que a chinesa saísse da disputa pelo pódio e abrisse o caminho para a brasileira.

Quando tudo parecia certo para a medalha, Sena levou a terceira punição e precisou fazer a parada obrigatória de dois minutos. Ela estava a caminho do bronze, mas finalizou na 11ª posição.

Desolada, ela deixou o local de prova sem falar com a imprensa.

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