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“Cada peça tem um processo de composição diferente”, diz o maestro. A “Passacalha”, por exemplo, é sempre em ritmo ternário, lento, de caráter grava e solene, além de trabalhar com a ideia de “ostinato” (“obstinado”, em português) - o que se nota no BWV 582, de Bach. Além de repetir, outra característica apresentada, são as variações. “A ideia do compositor é limitar o material musical que servirá de base”, explica.
Na contramão do rigor da “Passacalha”, na “Fantasia” (como o K. 608, de Mozart) parece haver liberdade total do compositor. “Contudo, se procedermos a uma análise mais minuciosa, veremos que Mozart usou, sim, de uma organização bastante racional”, diz João Maurício.
Já em Beethoven (Concerto para piano n. 4), o princípio composicional é outro. “Trata-se do desenvolvimento de pequenos motivos, coisa em que Beethoven é mestre”, diz o maestro. “Em seu primeiro movimento, Beethoven explora um pequeno fragmento de muitas maneiras diversas”, completa.
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