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A intolerância – aquela que não admite opinião distinta e dificulta o convívio com as diferenças – tem alguma relação com a extinção de línguas? Pesquisadores, linguistas, escritores e líderes indígenas vão discutir essa questão no Seminário Internacional Raízes da Intolerância no Brasil. Com curadoria de Deborah Goldemberg, o evento visa gerar reflexões sobre as causas da intolerância a partir do extermínio e proibição de mais de mil línguas que eram faladas no território brasileiro.
Que tipo de país somos hoje em termos linguísticos? Como morre uma língua? Qual o legado português nos países africanos? Como línguas esquecidas podem ser revitalizadas? São perguntas que serão debatidas ao longo de três dias pela plataforma Zoom. Na mesa de abertura, às 18h, os participantes irão abordar aspectos históricos do Brasil Colônia, como a política do Marquês de Pombal, que proibiu o ensino do Tupi e instituiu o português como língua única do país. Para a antropóloga e escritora Deborah Goldemberg, “proibir uma língua é uma manifestação de intolerância e passa pela impossibilidade de comunicação”. Entre os convidados estão o escritor e líder indígena Aílton Krenak, o cantor angolano Felipe Mukenga e o sertanista Sydney Possuelo.
Os interessados devem acessar o formulário de inscrição no site da Casa das Rosas.
O programa "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 FM, de segunda à sexta-feira, às 10h da manhã, na Cultura FM, Cultura Brasil e no aplicativo Cultura Digital.
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