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O Brasil registrou, em 2022, mais de 1.400 feminicídios – o que equivale a uma mulher assassinada no país a cada 6 horas. Diante dos dados, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou, entre outras medidas, que as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher funcionem 24 horas por dia. Mas as polícias civis, que são estaduais e responsáveis pelas DEAMs, têm condições para isso? Entrevistada no “8 em Ponto” desta terça-feira (25), a delegada Jacqueline Valadares, da Polícia Civil de São Paulo, garante que não.
Para a presidente do Sindicado dos Delegados de Polícia de SP, “a lei 14.541/23 é inócua na prática”. Jacqueline explica: “Para que eu abra uma delegacia, eu preciso de funcionários. De estrutura. A gente sabe que não se faz concurso público da noite pro dia. São Paulo, por exemplo, tem uma realidade peculiar: o estado possui a maior rede de atendimento especializado à mulher do país, com 140 delegacias, mas temos um déficit de mais de 16 mil policiais. Então, como faz?”, se pergunta a delegada.
O programa “8 em Ponto”, com apresentação de Sergei Cobra, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e 77.9 FM estendida. Também na Rádio Cultura Brasil AM 1200 e pelo aplicativo Cultura Play. De segunda a sexta-feira, às 8h.
*Estagiário sob supervisão da jornalista Lenize Villaça - MTB 25.380/SP
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