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As joias dentais, popularmente conhecidas como grillz, têm ganhado cada vez mais adeptos no Brasil, dentre eles figuras públicas como a atriz Cleo Pires, a cantora Pabllo Vittar e o chef Fogaça. A cultura do sorriso brilhante carrega referências do hip-hop estadunidense dos anos 80 e 90, mas chegou ao Brasil em um contexto diferente.

Para entender o movimento das joias dentais no país, o site da TV Cultura conversou com Fernando Mielli, um dos fundadores da ELEMENTS Joia Dental, precursora do ramo no Brasil. Ele contou que desenvolveu a ideia com o sócio, amigo de infância e dentista Dr. Rafal Ferrari após morar cinco anos na Flórida, nos Estados Unidos.

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Lá, Mielli entrou em contato com a cultura das joias dentais. “Um dos empregos que eu tive foi numa loja de tênis, de sneakers, e comecei a me interessar por essa cultura, que é uma cena cultural muito forte lá fora. Muitos dos clientes dessa loja usavam grillz, comecei a perceber e achar ‘daora’”, relembrou.

Quando voltou para o Brasil, Mielli viu a falta desse mercado no país como uma oportunidade. “Me encontrei com o Rafael e ele queria abrir uma clínica aqui no nosso bairro Ipiranga, em São Paulo, então vi uma oportunidade de trazer esse diferencial. Daí começamos a desenvolver o produto e a marca, além de estudar”, disse.

Veja imagens: Webstory: Grillz e caps: Conheça a cultura das joias dentais e seu contexto no Brasil

Segundo ele, a entrada da ELEMENTS Joia Dental no mercado, em 2016, aconteceu dentro da cena underground, do trap, a qual Mielli contou que sempre esteve muito envolvido. O empreendedor notou como o crescimento dessa cena ajudou também no crescimento dos negócios.

“Tinha gente que achava que éramos uma marca gringa. A galera virou fã do nosso trabalho justamente porque trouxemos uma parada como eles viam nos clipes, dos artistas lá de fora e a gente conseguiu trazer pra cá. Cativamos um público importante na cena do trap”, contou.

Mielli também vê o trabalho com artistas como um dos fatores que impulsionaram, de forma não proposital, a ELEMENTS: “Começamos a fazer parceria com alguns artistas até antes de pensar em estratégia e divulgação. As joias começaram a chamar a atenção de alguns artistas que procuraram a gente, então foi tudo caminhando junto, de forma bem orgânica com a cena do rap também”.

A partir desse crescimento orgânico, a marca passou a formatar parcerias de divulgação com esses artistas. “Começamos a ter uma entrada bacana nesse meio. Até saindo da cena do trap, fizemos joia pro Fogaça, Cleo Pires, alguns artistas não tão conhecidos para fazer papel em novela, entre outros. Então é uma coisa que está muito conectada com o meio artístico”, ressaltou.

Tipos de joia dental

Mielli explicou os dois tipos de joia dental da ELEMENTS: o Cap, uma joia de um dente só, e o Grillz, normalmente cobrindo 6 dentes (canino à canino) e podendo ter de 2 a 12 dentes. Ambos podem ser joias fixas ou só a coroa (uma capa) de ouro, prata ou níquel.

Segundo ele, os grillz mais comuns são as peças removíveis de seis a oito dentes, com pedras, diamantes, banhado a ouro, entre outros. Entretanto, por conta do preço, Mielli diz que a maioria das pessoas procura os maiores, mas acaba fazendo apenas dois dentes.

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“Querendo ou não é joia, então essas peças de mais dentes acabam sendo mais para artistas, para shows, enfim, ainda é o pessoal da música”, explicou.

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Grillz e a tecnologia

O empreendedor revelou também os planos futuros para a ELEMENT, que envolvem muita tecnologia, citando até a Web 3.0 (terceira onda da internet baseada em descentralização). “Queremos linkar tudo que fazemos com a questão dos NFTs (tokens não fungível) por conta da tecnologia 3D que começamos a trabalhar agora”, introduziu.

Mielli explicou que atualmente os moldes para os grillz são feitos com gesso, mas a partir desse ano trabalharão também molde digital. Com um molde 3D de cada cliente, eles poderão esculpir digitalmente qualquer tipo de joia antes de sua confecção.

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“As possibilidades são infinitas. Você pode levar do digital para o real com muita facilidade. Por exemplo, você pega um NFT de um grillz que você usa em um jogo e faz ele de verdade na vida real, é uma viagem”, explicou o empreendedor.

“Então o foco daqui pra frente vai ser a digitalização da confecção da joia e linkar com todo esse universo de impressão 3D, NFT, game, entre outros”, concluiu.