Eleições

"Quem tiver uma gota de sangue nordestino não pode votar no Bolsonaro”, diz Lula

O petista fez campanha em São Bernardo do Campo nesta quinta (6)


06/10/2022 16h08

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) rebateu o presidente Jair Bolsonaro (PL) por sua fala preconceituosa contra nordestinos. O petista participou de ato em São Bernardo do Campo (SP) nesta quinta-feira (6).

Acompanhado de Geraldo Alckmin (PSB), candidato a vice, e Fernando Haddad (PT), candidato ao governo de São Paulo, Lula fez o primeiro ato de campanha do segundo turno.

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"Quem tiver uma gota de sangue nordestino não pode votar nesse negacionista, nesse monstro que governa esse país. Ele tem que aprender uma lição. Ele que vá pegar voto de miliciano, daqueles que mataram [a vereadora assassinada] Marielle Franco”, disse.

"Ele que vá pegar voto daqueles que foram responsáveis pela morte de milhares de pessoas na pandemia. Ele que vá pegar voto da quadrilha chefiada pelo [ex-assessor Fabrício] Queiroz, que ele guardou até agora. Ele que vá pedir voto para aqueles que estão organizando a rachadinha dos seus filhos na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro", acrescentou Lula.

Durante transmissão eleitoral em seu canal no Youtube na quarta-feira (5), o presidente Jair Bolsonaro (PL) relacionou as altas taxas de analfabetismo no Nordeste com a vitória do ex-presidente na região. “Lula venceu em nove dos 10 Estados com maior taxa de analfabetismo. Você sabe quais são esses Estados? No nosso Nordeste”, afirmou.

Durante o comício, Lula rebateu o comentário. “Ontem o meu adversário disse que eu só ganhei as eleições dele porque o povo nordestino é analfabeto. As pessoas que são analfabetas, não são analfabetas por sua responsabilidade. As pessoas ficaram analfabetas porque esse país nunca teve um governo que se preocupasse com a educação”, disse Lula.

“Eles têm que saber que a gente não é analfabeto porque a gente gosta. Ele tem que saber que nós nordestinos ajudamos a construir cada metro de asfalto desse país, cada ponte, cada casa. Eles têm que saber que nós não queremos mais passar fome, nós queremos comer, não queremos ser apenas pedreiros, queremos ser engenheiros. Não queremos apenas ser empregada doméstica, queremos ser médica, socióloga, professora”, declarou.

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