Eleições

Polícia pede investigação de caso com áudio da equipe de Tarcísio por destruição de provas

O jornal Folha de São Paulo revelou um áudio em que um funcionário do candidato diz que "não pode publicar isso, não"


26/10/2022 07h33

A polícia de São Paulo quer a íntegra dos vídeos do tiroteio em Paraisópolis que resultou na morte de uma pessoa. O jornal Folha de São Paulo revelou um áudio no qual a equipe do candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas , pediu para um cinegrafista apagar parte dessas imagens.

O pedido de investigação foi feito por policiais do departamento de homicídios e proteção à pessoa da Polícia Civil. Segundo a reportagem, membros da polícia consideram que a destruição de provas é grave, porque essas imagens podem ajudar a entender a dinâmica dos ataques. No áudio divulgado pela Folha, um segurança de Tarcísio de Freitas, do Republicanos, questiona um cinegrafista da Jovem Pan se ele teria flagrado o tiroteio em Paraisópolis, durante a visita do candidato à comunidade e manda o repórter cinematográfico apagar os registros. 

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“Você filmou os policiais atirando? Você tem que apagar! Essa imagem que você filmou aqui também. Mostra o pessoal saindo, tem que apagar essa imagem. Não pode publicar isso, não!”

Em nota, a campanha de Tarcísio de Freitas classificou o áudio como uma grave tentativa de descontextualização do episódio e de interpretação equivocada do material.

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Durante um evento de campanha em Osasco, nesta terça-feira (25), o candidato comentou o caso. “Pode ser que alguém na tensão tenha pedido para apagar alguma coisa para preservar a identidade de gente que faz parte da nossa segurança. É muito ruim revelar a identidade de pessoas que de repente podem se envolver em conflitos com criminosos.

Já o candidato do PT, Fernando Haddad, disse, durante uma agenda no interior do estado, que o conteúdo do áudio configura um crime, já que a prática é considerada obstrução da justiça. Haddad ainda disse que esse “é um ato típico da milícia”. Em nota, a Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) disse que a ordem dada pelo segurança de Tarcísio ao cinegrafista é “uma clara tentativa de censura e um atentado à liberdade de imprensa''.

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