Eleições

Bolsonaro ganhará cargo no PL e seguirá na política após término do mandato

O partido arcará com as despesas de moradia e dará um salário a Bolsonaro


03/11/2022 09h59

Após deixar o cargo de presidente, Jair Bolsonaro continuará na política e seguirá no Partido Liberal (PL). O atual chefe do executivo deseja liderar a oposição ao governo do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e atuar como cabo eleitoral influente nas eleições municipais de 2024. O PL também deixou o caminho livre para Bolsonaro voltar a concorrer à presidência em 2026.

O partido irá se posicionar no Congresso como uma sigla de centro-direita. A orientação da cúpula é para que os parlamentares que quiserem votar com o governo Lula em questões consideradas relevantes para o país serão liberados para isso.

Leia também: Petrobras deseja iniciar exploração de petróleo na região chamada Foz do Amazonas

Bolsonaro acertou seu futuro político em reunião com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, na última terça-feira (1º), horas antes do primeiro pronunciamento depois de ser derrotado nas urnas. O acordado é que o partido arcará com as despesas de moradia e dará um salário a Bolsonaro. O PL também vai arcar com as despesas de advogados para defenderem o presidente a partir do ano que vem, quando ele perderá o direito ao foro privilegiado.

Jair Bolsonaro é investigado em quatro inquéritos no Supremo Tribunal Federal (STF) e todos irão para a primeira instância, salvo que Alexandre de Moraes delibere em sentido contrário.

Leia também: Após presidente pedir desbloqueio das rodovias, golpistas rebatem: "Não queremos mais o Bolsonaro"

O atual presidente é investigado nos inquéritos relativos às milícias digitais; à disseminação de notícias falsas na pandemia; à suposta tentativa de interferência na Polícia Federal (PF), conforme acusação do senador eleito Sérgio Moro; e ao vazamento de dados de uma investigação sigilosa da PF sobre suposto ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Bolsonaro já afirmou ter medo de ser preso após deixar o cargo, como ocorreu com o ex-presidente Michel Temer.

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

Secretaria de Saúde de SP dá dicas para evitar intoxicação infantil durante as férias

EUA receberam informações de plano iraniano para assassinar Donald Trump; Irã nega

Aeroporto de Porto Alegre será reaberto em outubro, diz ministro

Militares custam 16 vezes mais à União do que aposentados do INSS, revela TCU

Concurso TSE Unificado: calendário das provas é alterado; veja mudanças