O PL oficializou a candidatura do deputado federal Alexandre Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro. O anúncio aconteceu em um evento nesta segunda-feira (22) na capital do estado. O nome do vice ainda não foi revelado, mas já foi definido que será uma mulher.
As convenções partidárias começaram no último sábado (20). Nas próximos duas semanas, os partidos irão definir as chapas e todos os candidatos para as eleições municipais.
O anúncio de Ramagem para candidato à prefeito contou com alguns dos grandes nomes do partido, como o vereador Carlos Bolsonaro e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. O ex-presidente Jair Bolsonaro não participou do evento.
O principal concorrente deve ser Eduardo Paes, que foi oficializado como candidato pelo PSD e tentará a reeleição na cidade.
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Além das eleições, Ramagem foi pauta das últimas semanas devido uma gravação feita em uma reunião com Bolsonaro. O conteúdo é alvo de investigação da Polícia Federal.
"Eu acredito que é uma grande perseguição que se verifica que não há crime. Elegeram a mim como alvo de investigações sem ter conduta criminosa alguma. Infelizmente, é muito negativo para nós que haja essa perseguição grande. Mas, por outro lado, eu vejo que o Carioca está notando essa perseguição”, disse em discurso.
Entenda a gravação
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, retirou nesta segunda-feira (15) o sigilo de uma gravação feita pelo ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), Alexandre Ramagem, em uma reunião com o então presidente Jair Bolsonaro (PL).
No encontro, Bolsonaro afirma que vai acionar um dos chefes da Receita Federal para investigar os auditores do órgão que produziram relatórios indicando a prática de “rachadinha” no gabinete do filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL - RJ).
Ramagem gravou a conversa no dia 25 de agosto de 2020. Além de Bolsonaro, também estavam na reunião o então ministro-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), general Heleno, e duas advogadas Luciana Pires e Juliana Bierrenbach. Elas representam Flávio no inquérito que apura o desvio de salários de servidores ligados ao parlamentar quando ainda era deputado estadual pelo Rio de Janeiro.
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A defesa de Flávio buscava ajuda da Agência Brasileira de Informações, um órgão de estado, para colher provas sobre um suposto esquema ilegal dentro da receita pra perseguir adversários políticos.
Ramagem, então, afirma que não poderia ajudar na demanda. Ele sugere que uma investigação que partisse do Gabinete de Segurança Institucional da presidência, responsável pela Abin, poderia trazer problemas ao núcleo duro do presidente.
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