Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), criticou nessa terça-feira (24) os episódios de violência registrados na campanha eleitoral deste ano.
Durante a abertura de uma sessão, sem citar nenhum caso específico, ela pediu que partidos e candidatos se deem ao respeito e "tomem tenência".
“Há que se exigir, em nome do eleitorado brasileiro, que candidatos e seus auxiliares de campanha deem-se ao respeito. E, se não se respeitam, respeitem a cidadania brasileira, pois ela não está à mercê de cenas e práticas que envergonham e ofendem a civilidade democrática”, expõe.
A fala ocorre um dia após um integrante da campanha de Pablo Marçal (PRTB), candidato à prefeitura de São Paulo, agredir o marqueteiro do prefeito Ricardo Nunes (MDB) durante o debate promovido pelo Grupo Flow em parceria com o Grupo Nexo, da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), na segunda-feira (23).
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Há 10 dias, outro episódio paulistano chamou a atenção da população de todo o país quando José Luiz Datena (PSDB) agrediu Marçal com uma cadeira durante o debate promovido pela TV Cultura no dia 15 de setembro. O episódio foi registrado quando ele voltou a provocar o apresentador sobre uma acusação de assédio sexual, que foi um dos temas do primeiro bloco do programa.
A ministra ainda afirmou que irá pedir celeridade aos órgãos responsáveis na apuração e condenação de casos de agressões eleitorais.
"Estou encaminhando ofício à Polícia Federal, ao Ministério Público Federal e aos presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais para que eles deem celeridade, efetividade e prioridade às funções que exercem, de investigação, acusação e julgamento de atos contrários ao Direito Eleitoral e agressivos à cidadania, aos casos de violência da mais variada deformação, que se vêm repetindo neste processo eleitoral em curso e que afrontam até mesmo a nobilíssima atividade da política, tão necessária", ressalta.
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