Luiz Henrique Mandetta é o entrevistado do #Provoca desta terça-feira (4), dia em que depôs na CPI da Covid. Na entrevista conduzida por Marcelo Tas, o ex-ministro da Saúde comentou o trabalho de Jair Bolsonaro diante da pandemia no Brasil. Para ele, o atraso na compra de vacinas por parte do Governo Federal "não tem desculpa".

"Você começa com uma série de erros por parte do presidente. Um capítulo que vai ficar eternamente na conta deles é não comprar a vacina para uma doença infecciosa causada por vírus, por acreditar que ela ia acabar naturalmente. Aquilo ali não tem desculpa. Acho que esse é o pecado mortal", disse.

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Mandetta também relembrou a experiência enquanto ministro e reuniões que teve com o presidente sobre a situação do novo coronavírus no país. Ele deixou o cargo em abril de 2020. "Frequente muito pouco o Palácio [do Planalto]. Eu ia nas reuniões ministeriais, achava foram do tom, reuniões confusas. Quando veio o ano da pandemia, tive que entrar em contato mais próximo para debater. O presidente não gosta nem que você sente para explicar. É como se ele olhasse e falasse: 'Lá vem o ministro da má-notícia'. Ele não queria saber. Eu tive que exigir uma reunião e tive que dizer para ele: 'O caminho que você está indo, para esse ano, matematicamente, vai bater 180 mil mortes'. Eles acreditavam que ia ser duas mil, três mil. Achavam que eu estava fora da casinha", afirmou.

Comandado por Marcelo Tas, o #Provoca vai ao ar a partir das 22h, na TV Cultura, site oficial da emissora e canal do programa no YouTube.