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Divulgação/TV Cultura
Divulgação/TV Cultura

Nesta semana aconteceram dois episódios que movimentaram as redes sociais: a discussão entre Whindersson Nunes e Luisa Sonza, e a reaproximação de Jennifer Lopez e Ben Affleck.

No caso do humorista e da cantora brasileira, eles trocaram indiretas no Twitter. Tudo começou quando Luisa desabafou, afirmando que há um ano vem recebendo ataques - e até mesmo ameaças de morte - de internautas que afirmam que o motivo do término do casamento deles teria sido traição. Já Whindersson, declarou pela primeira vez que não houve traição e que ele que terminou o relacionamento. Inclusive, disse que ele e a noiva Maria Lina, também sofrem com comentários de ódio dos internautas.

Em relação ao ex-casal americano, Jennifer Lopez e Ben Affleck foram flagrados juntos após 17 anos depois do término. Eles namoraram entre 2002 e 2004 e ficaram noivos na época. Recentemente, os atores foram fotografados dentro de um carro, em uma viagem pela região de Montana, no oeste dos Estados Unidos. Eles também foram vistos desembarcando de um jatinho em Los Angeles.

Esses dois episódios deixaram os fãs exaltados nas redes sociais que, além de comentarem e especularem sobre os dois ex-casais famosos, também discutiram, fazendo render o assunto. Mas não é a primeira vez que isso acontece. É normal ver discussões de fãs por conta de situações da vida de personalidades. Para explicar o porquê as pessoas são tão aficionadas pelos relacionamentos de celebridades, o site da TV Cultura entrevistou alguns especialistas.

O especialista em marketing de influência Adriano Ortolani diz que o fã sempre teve essa relação com seu ídolo, de vê-lo como referência e buscar fazer parte de sua vida. O que mudou foi a maneira como isso é demonstrado. “Antigamente os fãs formavam fã clubes, seguiam os ídolos, acompanhavam, formavam filas para ter autógrafo, pegavam recortes de revista, faziam grandes pastas dos artistas. Eles buscavam ter uma conexão de alguma forma com os ídolos”.

Ele afirma que o surgimento das redes sociais, especialmente de 13 anos para cá, fez com que a vida íntima dos famosos ficasse mais exposta e isso mudou a forma como o fã demonstra o afeto pelo ídolo.

“As celebridades começaram a entrar nas redes sociais, a se posicionarem com mais frequência sobre os assuntos, começaram a mostrar mais a intimidade deles. Com isso, acontece uma quebra. O fã se sente cada vez mais parte da família, da vida desse ídolo. Então subconscientemente, o fã ultrapassa alguns limites, ele acha que tem alguns direitos”, explica.

Para o especialista, a ultra exposição dos famosos nas redes sociais leva os fãs, os seguidores, a quererem ter mais acesso à vida de quem eles têm como referência.

“É aquela coisa, quem hoje dá conselho para você? Sua mãe, seu pai, seus amigos íntimos. Mas as vezes tem a mãe de um amigo que pode dar conselho por achar que tem uma intimidade contigo. É a mesma coisa nas redes sociais, porque todo mundo se sente íntimo a partir do momento que está seguindo a sua vida”, associa Adriano.

Sobre o caso de Whindersson e Luisa, o especialista em marketing de influência faz uma breve análise: “No começo, a Luisa foi sempre julgada pela possível traição com o cantor Vitão e preferiu se calar. Só que ela começou a sofrer ameaças e o Vitão também. Então chegou o momento de falar alguma coisa a respeito, se posicionar, para acabar com aquilo de vez”.

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Em entrevista, o psicólogo Roberto Debski falou sobre o sentimento do fã, de querer fazer parte da vida dos famosos.

“É completamente normal nós vermos pessoas em posição de evidência e buscarmos nos espelhar nelas, conhecer a respeito delas, ter curiosidade a respeito de suas vidas e relacionamentos”, diz.

Entretanto, ele afirma que a situação ultrapassa a normalidade e se torna preocupante quando as pessoas interferem de maneira desproporcional, por exemplo, quando brigam, opinam, julgam e criticam, tornando aquilo muito maior do que realmente é.

“Isso acontece porque essas pessoas estão olhando muito para os outros, para essas personalidades, para não olhar para os seus próprios problemas. Elas não conseguem lidar com as suas questões e aí olham para questões de celebridades”, diz.

“As pessoas que as vezes opinam, criticam, julgam, interferem e brigam a respeito de outras que as vezes nem conhecem, fazem isso para não olhar para as dificuldades e para os problemas da sua própria vida, das suas próprias relações”, explica o psicólogo.

Ele sugere que o melhor a se fazer para evitar essas situações é ampliar o autoconhecimento. “Olhar para as nossas dificuldades, resolver os nossos problemas de relacionamento e, em relação às personalidades, que a gente possa ter uma curiosidade saudável, usá-los para modelo de vida quando eles também forem saudáveis”.

Roberto explica que não é porque os famosos expõem a parte bonita da vida, que eles vivem de forma saudável, muitas vezes eles têm grandes problemas. “Ninguém é melhor que ninguém, as pessoas que estão em evidência simplesmente conseguiram sucesso e exposição na mídia, que também não é algo permanente, isso pode a qualquer momento modificar”, acrescenta.

“O importante é que a gente olhe para a nossa vida. Aumente, amplie o autoconhecimento e busque sempre viver uma vida saudável e plena”, recomenda.

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