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Para marcar os cinco anos da “tragédia de Brumadinho”, a cidade de São Paulo recebe a exposição 'Paisagens Mineradas'. A mostra, que visa homenagear as vítimas e refletir sobre o impacto da mineração no Brasil, fica disponível até o dia 25 de fevereiro na Matilha Cultural, localizada no centro da capital paulista.

Em janeiro de 2019, a barragem da Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, se rompeu na cidade mineira, causando a morte de 272 pessoas e provocando a contaminação do Rio Paraopeba.

Na exposição gratuita ao público, os visitantes irão encontrar fotografias, gravuras, esculturas, vídeos e instalações de dez artistas visuais mulheres que dialogam com a mineração e com suas danosas consequências à população e à natureza.

“Entendemos a arte como um poderoso instrumento de diálogo e reflexão. Com essa exposição, a ideia é proporcionar uma imersão na temática da mineração e incentivar um olhar crítico em relação a essa atividade econômica que já fez centenas de vítimas no Brasil e no mundo”, explica Helena Taliberti, mãe de duas das vítimas fatais de Brumadinho e presidente do Instituto Camila e Luiz Taliberti.

Além de promover a exposição, o Instituto Camila e Luiz Taliberti realizou ainda o “Ato Memória e Justiça”, que ocorreu na última quinta-feira (25) na Avenida Paulista.

Veja como foi a manifestação em exibição do Jornal da Tarde, da TV Cultura:

A exposição em São Paulo conta com a participação das artistas Beá Meira, Julia Pontés, coletivo Kujỹ Ete Marytykwa'awa, Isadora Canela, Isis Medeiros, Lis Haddad, Luana Vitra, Mari de Sá, Shirley Krenak e Silvia Noronha.

Na programação deste sábado (27), às 15h, está confirmada a instalação-performance 'Evocação ao Rio', de Lis Haddad. Nela, a artista inscreve com linha e agulha os nomes das 291 vítimas das tragédias de Mariana (MG) e Brumadinho (MG) em um tecido de 124 metros. O comprimento é uma referência direta à distância entre as duas cidades que carregam as marcas da lama.

Foto: Divulgação

"Num planeta em colapso, com crises ambientais e climáticas de escalas geológicas, pensar em um futuro possível é olhar para baixo, repensar as raízes das estruturas, o que a sustenta está abaixo do solo e, assim, coletivamente semear vida onde hoje se apresenta um imenso vazio de morte", explica a artista Isadora Canela, que também assina a curadoria da mostra.

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Serviço

Valor: Gratuito
Data: 20/01 a 25/02
Local: Matilha Cultural - R. Rego Freitas, 542 - República - São Paulo

Relembre o caso:

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