O Sambódromo da Marquês de Sapucaí, localizado na região central do Rio de Janeiro, completa 40 anos em 2024.
Responsável por ser palco de grandes desfiles de escolas de samba durante o Carnaval, o projeto foi desenhado pelo arquiteto e urbanista Oscar Niemeyer e passou por várias modificações até chegar aos traços finais, tendo sido encomendado pelo governador Leonel Brizola (PDT) e pelo vice Darcy Ribeiro (PDT).
Famosa no mundo inteiro, a avenida de 700 metros é sinônimo de festa, alegria e rebuliço. Mas antes de ser inaugurada, outros quatro lugares eram o palco da programação: a Praça XI, a Avenida Presidente Vargas, a Avenida Rio Branco e a Avenida Presidente Antônio Carlos.
O primeiro a ser promovido no local foi em 1978, no entanto, a estrutura era provisória e a prefeitura chegava a fazer testes de peso com tambores de óleo na arquibancada.
Em 1983, após apresentação do projeto, a obra da estrutura fixa foi iniciada. Anunciada em setembro de 1983 e entregue no início de 1984, contou com a participação de 2,5 mil operários durante 156 dias de trabalho. Em 2 de março de 1984, como prometido, o sambódromo estava pronto.
Tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), ele se estabeleceu como um marco emblemático da cidade e do país.
A estreia
A primeira escola a se apresentar foi a Império de Maranga, do então grupo de acesso. Enquanto a Unidos da Tijuca abriu o desfile das grandes com o enredo “Salamaleikun: a epopéia dos insubmissos malês”.
Pela primeira vez, o desfile foi dividido em duas noites e com duas campeãs escolhidas pelos jurados. A Portela venceu a primeira e a Estação Primeira de Mangueira saiu vitoriosa da segunda.
Teve um terceiro desfile, no Sábado das Campeãs, espécie de tira-teima, e a Mangueira levou a melhor.
Quem foi Marquês de Sapucaí?
Cândido José de Araújo Viana, o marquês de Sapucaí, nasceu em Nova Lima (MG), então Congonhas de Sabará, no dia 15 de setembro de 1793.
Desembargador e político brasileiro, ocupou a presidência do senado de 1851 a 1853 e foi designado mestre de literatura e ciências positivas do príncipe D. Pedro II, em 1839, além de cuidar da educação da Princesa Isabel.
Foi ele também quem referendou a lei que dava aos senadores o solene tratamento de "Sua Excelência".
Entre os outros cargos que ocupou estão o de ministro da fazenda e ministro da justiça, conselheiro de estado, deputado geral, presidente de província e senador de 1840 a 1875.
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