A cantora, compositora e produtora musical Verônica Ferriani divide o palco no dia 11 de abril do Centro Cultural São Paulo (CCSP) com Alana Ananias (bateria), Aline Falcão (sanfona e sintetizadores) e Indi Cavalcante (baixo acústico e elétrico) para apresentar o seu novo álbum. O trabalho joga luz sobre questões relacionadas à maternidade e ao cuidado, mas também ao papel designado à mulher ainda hoje.
Trabalho, relacionamento, cuidado da família, autocuidado: o que cabe (ou precisa caber) na jornada diária de uma mãe? Essas são algumas questões levantadas pela cantora na produção.
Dividido entre “Cochicho no silêncio” e “Vira barulho, irmã”, o novo álbum é construído por uma ficha técnica majoritariamente feminina, composta por mulheres de diferentes gerações e cenas musicais.
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Com exceção de três músicas, Verônica Ferriani assina a composição de todo o álbum. A lista de participações conta com as vozes de Áurea Martins, Alessandra Leão, Anaïs Sylla, Flávia Maia, Mairah Rocha, Assucena, Mônica Salmaso, Flaira Ferro, Lurdez da Luz e Giana Viscardi.
O título traz um chamado para a ação: uma narrativa feminina para além do discurso. O projeto é descrito por Verônica como confessional, quase biográfico. Tendo o trabalho maternal como base temática, a artista elabora sentimentos como raiva, frustração, mas também a vontade de buscar novos caminhos para resolvê-los, não só entre mulheres.
“No álbum, as questões culturais e históricas que dificultam nosso movimento livre ficam aqui poetizadas. O desejo é ser mais uma voz no movimento por narrativas femininas, aqueles em que a gente se reconheça, neste chamado a uma forma mais equilibrada de ocupação do nosso mundão”, explica a cantora.
As 20 faixas de “Cochicho no silêncio vira barulho, irmã” costuram abordagens e reflexões sobre as expectativas culturais e os papéis de gênero, em um convite para a união e a mudança. Um disco feito a muitas mãos, e um convite aberto para homens e mulheres se juntarem a ele.
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