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Gabriel Mecca
Gabriel Mecca

As comemorações dos 30 anos do Time Warp no Brasil se encerraram na manhã deste domingo (5) no Vale do Anhangabaú, na capital paulista. O segundo dia do festival alemão foi marcado pela união de um nome histórico na música eletrônica, Sven Sväth, com a nova geração do hard techno, formada por Sara Landry, 999999999 e Klangkuenstler. Além dos grandes nomes internacionais, a organização também escalou talentos da nossa cena.

Com longsets de alta qualidade, DJs carismáticos e a mudança de local, a edição de 2024 ficará marcada como uma das melhores do festival alemão no Brasil. Para quem tem vontade de ir na festa um dia, saiba que já existe um contrato entre a organização e o Vale para mais cinco edições.

E quem não quer largar o osso e seguir curtindo, o afterparty oficial acontece ao longo do dia na Praça das Artes.


Mudança de palcos

A principal diferença para quem estava no primeiro dia foi a mudança nos palcos. Na sexta-feira (3), os artistas de house se apresentaram no palco 2 e os de techno no Cave. No sábado (4), foi o inverso. Não foi dado um motivo específico para decisão. O mais provável é que Bicep, duo formado por Andrew Ferguson e Matthew McBriar, precisaria do telão do palco 1 para seu show audiovisual Chroma.

A missão de abrir a pista coberta caiu nas mãos das brasileiras Due e Mila Journée, dois destaques da nossa cena house. Elas aqueceram a pista e entregaram a casa cheia para Väth, um dos artistas mais aguardados para edição de 2024.

É impossível falar de Time Warp sem falar do alemão. Ele estava lá quando festival foi criado em 1994 e ajudou a popularizar a marca ao longo dos anos. Por isso, ganhou três horas para tocar.

É uma experiência diferente vê-lo performar. Principalmente para os mais jovens. Ao invés usar mixers digitais, ele viaja o mundo inteiro com sua caixa de discos. Toda vez que muda uma música, analisa cuidadosamente sua coleção, o que torna cada set seu especial, já que nunca repete. Sempre há algo novo.


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Remix de “Wan Poku Moro”, de 2000 and one, “Don’t Want”, de Tal Fussman, “Reveries”, do Mind Against, e “Jaguar”, produção de DJ Rolando, foram algumas escolhas de Väth.

O Cave ainda recebeu Bicep. Com o Chroma, o duo entregou o melhor visual da noite. Além de belas projeções, usaram os lasers como ninguém em todo evento.

A noite foi finalizado com Mind Against, duo formado pelos irmãos Alessandro e Federico Fognini, e WhoMadeWho, com um set híbrido impecável. Ao invés de mixagem digital, eles tocam suas músicas com os próprios instrumentos, como guitarra e os sintetizadores. A parte final do show, com seus maiores hits, como “Miracle”, “Closer” e “Heads Above”.


Hard techno é o destaque da noite

O que realmente agitou o público no segundo dia foi o techno. Mais especificamente o hard techno. A vertente foi uma das que mais cresceu nos últimos anos e domina os clubs europeus. Vendo essa tendência, a curadoria do festival guardou o segundo dia do evento para essas novas estrelas.

O projeto Klangkuenstler, comandado por Michael Klorb, 999999999 (se pronuncia Nine Times Nine), e Sara Landry dominaram a festa. Desde cedo, a pista já estava muito cheia e o público não foi embora até que a festa fosse oficialmente errada.


Klangkuenstler chegou a produzir músicas de deep e tech house. Mas encontrou sucesso no hard techno. Prova disso foi a reação dos fãs quando “Die West Brennt” e “Mein Wille” foram tocadas.


Mesmo o techno sendo uma vertente nichada, é possível ver que tem capilaridade no país. O evento mostrou que a cena tem espaço para crescer. As labels devem investir nos talentos nacionais, que estão escondidos e devem ganhar uma oportunidade.



Substituição de Hot Since 82

Uma das atrações mais aguardadas no palco três era Hot Since 82, projeto do britânico Daley Padley. Porém, após uma apresentação no Rio de Janeiro, sofreu uma tentativa de assalto. Apesar de não ficar ferido fisicamente, ele afirmou que não teria condições de se apresentar no festival. Chaos in the CBD foi escalado para substituir e cumpriu muito bem a missão.


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