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Foto: Ana Paula Santos
Foto: Ana Paula Santos

Marcelo Tas recebe o cantor e compositor Odair José, que surgiu no cenário musical na década de 70 e comemora mais de 50 anos de carreira, nesta terça-feira (6), a partir das 22h, na TV Cultura

No Provoca, o artista fala sobre relacionamentos na terceira idade, a relação das plataformas digitais com músicos, inteligência artificial e mais. 

“Eu não sabia que ficaria com uma idade tão avançada, [...] mas tinha duas coisas que não esperaria ver, a piora do ser humano como uma peça de comunidade e o avanço da tecnologia”, desabafa. Segundo ele, com o passar do tempo, esperava ver a humanidade vivendo de uma forma mais leve, no entanto, diz se decepcionar: “Ai eu vejo uma humanidade polarizada em todos os sentidos. Acho que o ser humano andou pra trás, não evoluiu”.

Quanto ao avanço da tecnologia, diz a Tas acreditar na permanência da inteligência artificial: “Tá claro pra mim que isso é uma coisa que veio para ficar, não adianta espernear, não adianta querer proibir, não adianta nada. A inteligência artificial está ai, e vai estar em todos os segmentos”, afirma. 

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Ao ser questionado sobre as plataformas de streaming musical, diz que essas ferramentas “foram para um lado muito perigoso e errado”. “Por exemplo, hoje, eu tenho a informação de que às vezes nas plataformas digitais, nos cliques ou likes, o cara tá estourado, é a música mais escutada, mas na verdade não é, é porque comprou não sei quanto robôs. Mas a plataforma, de qualquer forma, paga muito mal. É ridículo. Aliás, o direito autoral sempre foi ridículo, mas agora ficou pior. [...] Alguns devem estar se beneficiando disso, principalmente quem as criou, porque o compositor que não é”, completa.

Na edição, Odair José ainda fala sobre possíveis soluções para algumas relações: “Eu sou a favor de que a fidelidade em uma relação só funciona com plena liberdade, [...] fazer o que quiser e da forma que quiser. Por exemplo, o cara está casado há 20 anos, a coisa não está funcionando e fica aquele marasmo, aquela relação horrível. [...] Tá ruim? [...] Você libera a pessoa para ir a uma nova aventura, para ela voltar com mais energia para a sua relação. E para ambos! De uma forma combinada e transparente”, expõe.

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