Entretenimento

Justiça nega habeas corpus de Gusttavo Lima; cantor poderá ser preso se voltar de Miami

A ordem de prisão é referente à Operação Integration, que investiga lavagem de dinheiro e jogos ilegais


24/09/2024 16h30

A Justiça negou, nesta terça-feira (24), o pedido de habeas corpus da defesa de Gusttavo Lima que visava evitar a prisão do artista. O nome do cantor também foi incluído nos sistemas de alertas da Polícia Federal, podendo ser preso ao voltar para o Brasil.

O desembargador Ricardo Paes Barreto, da 4ª Câmara Criminal do Recife, não considerou a revogação da prisão preventiva ao avaliar que o caso não era de extrema urgência para ser analisado durante o período de plantão judiciário. 

Os advogados ainda alegaram que Gusttavo sofre constrangimento ilegal e propuseram a substituição da prisão por medidas cautelares. 

Na madrugada desta segunda-feira (23), o cantor sertanejo deixou o país em um voo que saiu do Aeroporto de Guarulhos com destino a Miami, na Flórida (Estados Unidos).

A viagem ocorreu pouco antes do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) determinar a prisão decorrente da Operação Integration, a mesma que prendeu a influenciadora Deolane Bezerra.

Entenda o caso

A ação investiga um esquema de lavagem de dinheiro envolvendo uma suposta organização criminosa que atua em jogos ilegais. O mandado foi expedido pela juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife.

De acordo com a Folha de S. Paulo, que teve acesso ao processo judicial que tramita em sigilo, o cantor é suspeito de ter ajudado duas pessoas investigadas a fugirem do país. José André da Rocha Neto, dono da casa de apostas VaideBet, e sua esposa Aislla Rocha, têm mandados de prisão em aberto desde o dia 4 de setembro.

"É imperioso destacar que Nivaldo Batista Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima], ao dar guarida a foragidos, demonstra uma alarmante falta de consideração pela Justiça. Sua intensa relação financeira com esses indivíduos, que inclui movimentações suspeitas, levanta sérias questões sobre sua própria participação em atividades criminosas. A conexão de sua empresa com a rede de lavagem de dinheiro sugere um comprometimento que não pode ser ignorado", diz trecho da decisão.

Segundo a juíza, Gusttavo pode ter deixado ambos investigados no exterior em meio a uma viagem que fez à Grécia.

Ainda foram bloqueados, de forma cautelar, todos os imóveis matriculados nos CPFs e CNPJs do artista, bem como os valores de contas bancárias e aplicações financeiras. Também foi estabelecido que os mandados de prisão dos foragidos fossem incluídos na Difusão Vermelha da Interpol.

Leia também: Deolane Bezerra é solta e não precisará usar tornozeleira eletrônica; entenda

A Justiça de Pernambuco já havia determinado o bloqueio de R$ 20 milhões em bens da Balada Eventos, que tem Gusttavo como um dos seus sócios.

Conforme a investigação, uma empresa de José André da Rocha Neto, dono da VaideBet, comprou um avião pertencente ao cantor.

Nas redes sociais na semana passada, Lima disse que "a Balada Eventos foi inserida no âmbito da operação simplesmente por ter transacionado comercialmente com essas empresas investigadas".

"A Balada Eventos e Gusttavo Lima não fazem parte de nenhum esquema de organização criminosa de jogos ilegais e lavagem de dinheiro", alegou a defesa na ocasião.

Leia também: “Dinheiro esquecido”: prazo para saques termina em 20 dias; saiba como resgatar

ÚLTIMAS DO FUTEBOL

ÚLTIMAS NOTÍCIAS

“Me Adota”: evento de adoção pet em SP busca lar para animais resgatados no Rio Grande do Sul

Ataques russo deixa três mortos e 31 feridos na região de Kharkiv, na Ucrânia

Opinião fala sobre violência contra mulher no Brasil e entrevista Maria da Penha

Em discurso na Assembleia Geral da ONU, Lula aborda conflitos pelo mundo, crise climática e fome

Deolane Bezerra é solta e não precisará usar tornozeleira eletrônica; entenda