O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi o primeiro chefe de Estado a discursar na 79ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas nesta terça-feira (24).
Por tradição, cabe ao Brasil abrir os comentários de presidentes, primeiros-ministros e chanceleres no encontro anual. Durante a fala, o político abordou vários temas, como os conflitos no Oriente Médio e na Ucrânia, a crise climática, a fome e a insegurança alimentar, a democracia, entre outros tópicos.
Especialmente sobre a guerra no Oriente Médio, o petista ressaltou que, “em Gaza e na Cisjordânia, assistimos a uma das maiores crises humanitárias da história recente e que agora se expande perigosamente para o Líbano”.
“O que começou com ação terrorista de fanáticos contra civis israelenses inocentes se tornou uma punição coletiva do povo palestino”, expôs.
Já sobre o embate na Europa, destaca que é crucial que sejam criadas condições para que a Ucrânia e a Rússia retomem o diálogo direto.
Ao falar sobre a crise climática e a fome, ressaltou que o negacionismo “sucumbe” ante as evidências do aquecimento global: “O planeta já não espera para cobrar da próxima geração e está farto de acordos climáticos não cumpridos. Está cansado de metas de redução de emissão de carbono negligenciadas e do auxílio financeiro aos países pobres que não chega”, advertiu.
Inclusive, citou os incêndios florestais que o Brasil enfrenta recentemente, as enchentes no Rio Grande do Sul e a estiagem na Amazônia.
Além disso, também voltou a defender uma reforma na ONU e no Conselho de Segurança, chamando a atenção de que o comando do secretariado-geral da organização nunca foi ocupado por uma mulher.
Lula compareceu à Assembleia Geral acompanhado da primeira-dama Janja Lula da Silva, do presidente do Senado Federal Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do ministro Mauro Vieira (Relações Exteriores), de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, e do assessor especial e ex-chanceler Celso Amorim.
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Assista ao discurso:
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