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Foto: Beatriz Oliveira
Foto: Beatriz Oliveira

Marcelo Tas recebe Nando Reis no Provoca desta terça-feira (1º). No programa, ambos conversam sobre o recente lançamento do cantor, intitulado "Uma Estrela Misteriosa". Na pauta, estão composições da carreira, Titãs, Cássia Eller dependência química.  

A edição inédita vai ao ar na TV Cultura e no app Cultura Play, às 22h.

O álbum triplo com um disco bônus, recém-lançado, tem participação de músicos do R.E.M, Screaming Tress, Guns N’ Roses, Nirvana e Pearl Jam.

Na entrevista, Nando conta que o "disparador" do projeto foi a vinda de Barrett Martin, baterista do Screaming Trees, que mora em Seattle (EUA), responsável por essa "plêiade de convidados ilustres". 

“Eu componho, eu gosto de compor, é o meu ofício (...) É uma coisa, é um sofrimento danado. Eu, de fato, assim: 42 anos fazendo isso e a angústia que me atravessa, que quase me paralisa, não cessa, é a mesma. E, de certa maneira, ela piora, porque quanto mais você produz (...) e o fato de ter feito músicas que fizeram sucesso... a expectativa [cresce]" conta o músico, que tem por volta de 600 composições na trajetória.

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Nando ficou durante 20 anos no Titãs, banda que foi membro fundador ao lado de, nas palavras dele, “amigos queridos de escola”.

“Eu estava totalmente certo [em sair da banda]. Uma decisão dessa vai se construindo ao longo de um tempo e com uma junção de informações que exigem que você faça uma escolha, e, no caso, eu vou resumi-la entre uma incompatibilidade de agenda (...) Mas foi uma angústia dizer 'não' para uma banda, para amigos, e o 'não' sempre desperta uma animosidade, é uma ruptura”, explica sobre a saída para uma carreira solo.

O cantor também conta que conseguiu parar de beber em 2016. Ele enfatiza que o o alcoolismo é uma doença, mas que há um romantismo, um glamour em torno deste tabu.

“Eu demorei pra me dar conta. Acho que as minhas relações pessoais, especialmente familiares, estavam em frangalhos, arruinadas. É difícil falar. E profissionalmente, eu estava no limiar de queimar geral”, divide emocionado.

Sobre os impactos da dependência química em seus cinco filhos, Nando diz: “Isso é a coisa que mais dói. O quanto o alcoolismo acentuou do meu egoísmo, do meu individualismo e da minha impermeabilidade”.

Emocionado, ele compartilha frase que ouviu de sua filha Sophia, quando adolescente, sobre a situação: “pai, você fala tanto de amor, e o que você faz com o amor que as pessoas sentem por você?”. O cantor ainda conta que o sucesso “Pra você guardei o amor” vem de encontro com esse cenário.

Assista à última edição do Provoca, exibida na última terça-feira (24):


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