Na manhã deste sábado (9), será realizada em Milão, na Itália, a audiência de segunda instância do julgamento do jogador Robinho, condenado em 2017 a nove anos de prisão por um estupro que teria sido cometido em 2013, quando atuava pelo Milan-ITA. No início de outubro, o atacante chegou a ser recontratado pelo Santos, que, sob pressão da torcida e dos patrocinadores, acabou por suspender o acordo. 

A sessão, cujo início está programado para 8h (de Brasília, 12h na Itália), tinha sido marcada inicialmente para maio de 2020, mas acabou transferida para dezembro em função da pandemia de Covid-19. Robinho, assim como o amigo Ricardo Falco, está no Brasil e não participará do julgamento presencialmente. Os dois serão representados por advogados italianos. 

A justiça italiana afirma que Robinho, Ricardo e mais quatro brasileiros abusaram sexualmente de uma jovem de origem albanesa, em uma boate, em Milão. Após a condenação em primeira instância, os advogados de defesa entraram com recurso e, por isso, a Corte de Apelo de Milão analisará o processo em segunda instância. Vale destacar que os acusados deixaram a Itália em meio à investigação e, por isso, respondem em liberdade.

Em caso de nova condenação, o tribunal italiano poderá solicitar a detenção de Robinho antes mesmo do julgamento definitivo na Corte de Cassação. No entanto, o jogador reside no Brasil e, como o país não extradita seus cidadãos, um mandado internacional de prisão deverá ser emitido ao governo brasileiro. O atacante também estaria sujeito à detenção quando pisasse em solo europeu.

Com status de ídolo, Robinho teve contratação anunciada pelo Santos há exatos dois meses. Desde então, o clube da Baixada foi alvo de grande pressão, inclusive por parte da maioria de seus patrocinadores, e cedeu após vazamento de áudios do atleta em reportagem do GE. O Peixe emitiu nota oficial esclarecendo o acordo e enfim suspendeu o acordo. A diretoria aguarda a decisão em segunda instância para reconsiderar o negócio.