O Flamengo foi o campeão do Campeonato Brasileiro de 2020. O torneio invadiu o ano de 2021 por causa da pandemia de Covid-19, responsável por atrasar a maioria dos eventos esportivos. A década de 2010 acaba com cinco clubes diferentes que venceram, ao menos uma vez, a principal competição nacional do Brasil. Relembre aqui quais foram as equipes campeãs desde 2011 à 2020, considerando que o término do Brasileirão aconteceu em fevereiro deste ano por causa das mudanças no calendário

2011- Corinthians

O Corinthians do técnico Tite foi o primeiro campeão brasileiro da década. O time não começou a temporada no melhor dos cenários, caiu na fase preliminar da Libertadores para o inexpressivo Tolima (COL) e perdeu a final do Campeonato Paulista para o Santos.

Mesmo sendo alvo de piadas e gozações a diretoria manteve o treinador, que fez a equipe se ajeitar com o tempo. O alvinegro terminou o campeonato com 71 pontos, o título veio apenas na última rodada, justamente contra o maior rival Palmeiras, em um empate em zero a zero. O dia também foi marcado pela morte de um dos maiores ídolos do clube, o Doutor Sócrates.

Liédson, o “levezinho”, brasileiro naturalizado português, foi o artilheiro do Timão com 12 gols, em um time que também contou com grandes atuações dos meias Paulinho e Danilo e do atacante Emerson.

Time base: Júlio César, Alessandro, Chicão, Leandro Castán, Fábio Santos, Ralf, Paulinho, Danilo, Alex, Emerson e Liédson.

2012- Fluminense

Artilheiro com 20 gols, capitão do time e eleito pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol) o melhor jogador da competição, o centroavante Fred foi um dos principais protagonistas da campanha do tetracampeonato brasileiro do Fluminense em 2012.

A equipe comandada por Abel Braga acumulou 77 pontos no Brasileirão e ficou cinco à frente do Atlético Mineiro, que havia terminado o primeiro turno da competição em primeiro lugar.

O título veio na 35ª rodada, em uma vitória suada em Presidente Prudente contra o Palmeiras por três a dois, com dois do camisa nove.

O goleiro Diego Cavalieri, o lateral esquerdo Carlinhos e o meia Thiago Neves também foram destaques do Flu no torneio.

Time base: Diego Cavalieri, Bruno, Gum, Digão, Carlinhos, Edinho, Jean, Rafael Sobis, Thiago Neves, Wellington Nem e Fred.

2013- Cruzeiro

A Raposa conquistou o Brasileirão de 2013 com relativa tranquilidade. A coroação do tricampeonato veio com quatro rodadas de antecedência. O jogo entre Cruzeiro e Vitória (Três a um para o Cruzeiro), pela 34ª rodada, nem precisou terminar para que o clube mineiro vencesse a competição, já que o concorrente, à época, o Athletico Paranaense perdeu para o Criciúma por dois a um.

O time do técnico Marcelo Oliveira fez 76 pontos. A equipe apresentou um bom poderio ofensivo e garantiu o melhor ataque do brasileiro com 77 gols. O meio-campo Ricardo Goulart e o atacante Borges foram os principais goleadores, com 11 gols cada.

O meia Éverton Ribeiro foi eleito o craque da competição e levou o prêmio Bola de Ouro. Ele anotou 7 gols e 11 assistências.

O elenco recheado também contou com participações importantes de Júlio Baptista, Nilton e Ceará, além do goleiro e ídolo da torcida Fábio, eleito o melhor da posição naquela oportunidade.

Time base: Fábio, Mayke, Bruno Rodrigo, Dedé, Egídio, Lucas Silva, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart, Dagoberto, Willian e Borges.

2014- Cruzeiro

Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart e companhia continuaram com o bom nível da atuação do ano anterior e ajudaram o Cruzeiro a faturar o bicampeonato brasileiro em 2014. A Raposa, agora com quatro títulos do Brasileirão, manteve a base e apostou em reforços pontuais. O time acumulou 80 pontos ao longo da competição, terminando a campanha dez pontos à frente do segundo colocado São Paulo.

O centroavante boliviano Marcelo Moreno, que já havia defendido o clube mineiro anteriormente, voltou para fazer a diferença. Com 15 gols, ele dividiu com Ricardo Goulart a artilharia do campeonato.

Pela segunda vez consecutiva, Éverton Ribeiro foi eleito o craque do brasileirão e o parceiro de meio-campo, Ricardo Goulart, faturou o prêmio Bola de Ouro.

Time base: Fábio, Ceará, Dedé, Léo, Egídio, Lucas Silva, Henrique, William, Éverton Ribeiro, Ricardo Goulart e Marcelo Moreno.

2015- Corinthians

Apesar do bom elenco, o Corinthians foi eliminado na semifinal do Campeonato Paulista e caiu precocemente nas oitavas de final da Libertadores para o modesto Guarany (PAR). Restou ao Timão apostar a maioria das fichas no Brasileiro e crescer ao longo da competição.

Uma defesa confiável, um meio campo fortíssimo e um ataque competente fizeram o time, novamente comandado por Tite, praticar um futebol de qualidade. Alguns dos jogos marcantes foram o três a zero no Flamengo em pleno Maracanã, seis a um com o time reserva em cima do São Paulo (quando já era campeão) e o três a zero, no estádio Independência, contra o Atlético Mineiro, o principal adversário do clube paulista no torneio.

O Corinthians terminou a competição com 81 pontos, até então, a segunda melhor campanha no campeonato nacional de pontos corridos com 20 clubes.

A dupla de meias Jadson e Renato Augusto foi um dos principais destaques daquele ano, o segundo foi escolhido como o Bola de Ouro e craque do Brasileirão. Durante e depois do título, Renato Augusto foi convocado recorrentemente para a seleção brasileira, fazendo parte do grupo que foi à Rússia em 2018. O centroavante Vágner Love demorou um pouco para engrenar, mas conseguiu atingir um bom nível de atuação e terminou como o goleador do alvinegro com 14 gols.

Time base: Cássio, Fágner, Gil, Felipe, Uendel, Ralf, Elias, Renato Augusto, Jadson, Malcom e Vágner Love.

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2016- Palmeiras

Em 2014 o Palmeiras lutou para não cair para a segunda divisão, em 2015, com investimento e uma reestruturação da equipe, faturou a Copa do Brasil e em 2016 o forte elenco do verdão conquistou o Campeonato Brasileiro.

No começo do ano, o time decepcionou ao ser desclassificado na fase de grupos da Libertadores. A diretoria decidiu trocar o técnico Marcelo Oliveira por Cuca, que foi acertando o time aos poucos. O alviverde somou 80 pontos no total.

Um dos fatos que marcou a campanha foi a substituição do goleiro no meio da competição. Em julho, o titular, convocado para jogar as Olimpíadas no Rio de Janeiro, Fernando Prass, lesionou o cotovelo e deu lugar a Jailson. Era a primeira oportunidade do arqueiro de 35 anos em um clube do tamanho do Palmeiras, mas ele não decepcionou. Ao final do campeonato, foi eleito pela CBF e pelo prêmio Bola de Prata como o melhor da posição.

Ofensivamente os protagonistas foram o meio campo Moisés e os atacantes Dudu e Gabriel Jesus, que foi artilheiro do time com 12 gols, vencedor da Bola de Ouro e eleito o craque do Brasileirão.

Time base: Jailson, Jean, Mina, Vitor Hugo, Zé Roberto, Tchê Tchê, Moisés, Cleiton Xavier, Roger Guedes, Dudu e Gabriel Jesus.

2017- Corinthians

O Corinthians foi o único clube a vencer três vezes o Campeonato Brasileiro nesta década. O time do Parque São Jorge estava desacreditado em 2017. Sem grandes contratações, foi considerado a “quarta força” do Paulistão, do qual também foi campeão.

Com uma defesa forte e contra ataques fatais, fez um primeiro turno espetacular. Na segunda parte da competição perdeu um pouco do fôlego e desperdiçou alguns pontos contra equipes da parte de baixo da tabela.

Diante da oscilação do Timão, o Palmeiras aproveitou para se aproximar da liderança e chegou à 32ª rodada com chances de chegar ainda mais perto do rival. Um três a dois para o alvinegro devolveu a moral para a equipe, que terminou campeã com 72 pontos.

O centroavante Jô foi o cara da temporada. Com 18 gols, foi o artilheiro do campeonato ao ado de Henrique Dourado. O camisa sete também ganhou o prêmio Bola de Ouro além de ser eleito pela CBF o craque daquela edição.

Time base: Cássio, Fágner, Balbuena, Pablo, Guilherme Arana, Gabriel, Maycon, Rodriguinho, Jadson, Romero e Jô.

2018- Palmeiras

Insatisfeita com o desempenho da equipe, que possuía um forte elenco, a diretoria do Palmeiras decidiu demitir, na 15ª rodada do Brasileirão, o técnico Roger Machado. As vitórias pelo clube e a identificação com a torcida pesaram na escolha de Luiz Felipe Scolari para o comando técnico.

Inicialmente, Felipão foi contratado para dar prioridade às copas disputadas naquele ano (Libertadores e Copa do Brasil), mas foi eliminado de ambas.

Enquanto isso, na liga brasileira, o Verdão considerado “reserva”, com Lucas Lima, Gustavo Scarpa, Luan e outros, foi dando conta do recado e fez boas apresentações. Depois das desclassificações nos mata-matas, o Palmeiras voltou todas as forças para o torneio de pontos corridos e faturou mais uma taça.

O camisa sete Dudu, novamente, fez uma excelente campanha. Ganhou o prêmio Bola de Ouro e foi eleito o craque da competição. O atacante Willian foi o artilheiro da equipe com 10 gols, que ajudaram o Palmeiras a somar 80 pontos.

Time base: Weverton, Marcos Rocha, Antônio Carlos, Edu Dracena, Victor Luis, Felipe Melo, Bruno Henrique, Lucas Lima, Dudu, Willian e Deyverson.

2019- Flamengo

O forte elenco do Flamengo não entregou o que se esperava no início do Campeonato Brasileiro de 2019. Sob fortes críticas da imprensa, torcedores e parte da diretoria por causa do estilo de jogo, o treinador Abel Braga pediu demissão do cargo. A diretoria apostou no português Jorge Jesus para o comandar o time.

O “Mister”, como foi chamado, recebeu, logo de cara, três reforços essenciais, os laterais Rafinha e Filipe Luís, o zagueiro espanhol Pablo Mari e o meio campo Gerson.

Depois de alguns tropeços, como o três a zero para o Bahia, a equipe se encaixou perfeitamente e faturou o heptacampeonato. O rubro-negro somou 90 pontos no total, 16 à frente do segundo colocado (Santos), a melhor campanha da história no atual formato.

Os atacantes Gabigol e Bruno Henrique fizeram juntos 46 gols. Com 25 gols, o camisa nove se tornou o maior artilheiro do torneio desde 2006, quando passou a ser disputado com 20 clubes. Ele também levou a Bola de Ouro. Já Bruno Henrique ganhou o prêmio de melhor jogador do Brasileirão.

Time base: Diego Alves, Rafinha, Rodrigo Caio, Pablo Mari, Filipe Luís, Willian Arão, Gerson, Arrascaeta, Éverton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol.

2020- Flamengo

Diferente da temporada anterior, o brasileirão de 2020 (que só terminou em 2021 por causa dos efeitos da pandemia de Covid-19 no calendário esportivo) só conheceu o vencedor na última rodada.

Em julho, Jorge Jesus aceitou uma proposta do Benfica (POR) e deixou o clube. A diretoria trouxe o espanhol Domènec Torrent, ex-auxiliar técnico de Pep Guardiola, para o cargo de treinador, mas a equipe oscilou muito e ele foi demitido na 20ª rodada.

Rogério Ceni foi escolhido para ser o substituto de Domènec. Novamente a equipe oscilou, foi eliminada na Copa do Brasil para o São Paulo e na Libertadores para o Racing.

O Flamengo só não se afastou mais da ponta porque Internacional, São Paulo e Atlético Mineiro também não atingiram uma regularidade em suas atuações.

Na reta final, com boas apresentações de Gerson, Gabigol, Arrascaeta e companhia, o time se acertou e conseguiu o octa, mesmo perdendo para o São Paulo na última rodada, tendo em vista que o Inter precisava ganhar do Corinthians no Beira-Rio para bater os 71 pontos da equipe carioca.

Mais uma vez Gabigol foi o artilheiro na campanha, com 14 gols, seguido de perto por Pedro, com 13, que disputou a posição com o camisa nove e também marcou gols importantes.

Time base: Hugo Souza, Isla, Rodrigo Caio, Gustavo Henrique, Filipe Luís, Willian Arão, Gerson, Arrascaeta, Bruno Henrique, Éverton Ribeiro e Gabigol.