Esporte

Aposta em experiência e investimento na base: Qual o plano do Cuiabá no mercado da bola?

Em entrevista exclusiva ao portal da TV Cultura, vice-presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, detalhou abordagem do Dourado no mercado


13/04/2022 13h26

Em um contexto cada vez mais profissionalizante do futebol, alguns times brasileiros despontam de outros quando se trata de poder aquisitivo. Times como Flamengo, Palmeiras, Atlético Mineiro têm folhas salariais, patrocínios e rendas altíssimas.

Mesmo assim, times em condições diferentes conseguem manter a competitividade no futebol e tornar o Brasileirão o “campeonato mais equilibrado do mundo”. É o que tenta fazer o Cuiabá, por exemplo.

Cristiano Dresch, vice-presidente do time, não acredita que o Dourado esteja muito atrás de seus concorrentes: “Vários clubes estão no mesmo patamar aquisitivo do Cuiabá, como Goiás, Atlético Goianiense, Coritiba, Avaí... O que muda é como cada time vai trabalhar os seus próprios recursos”.

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Essa é uma preocupação latente na administração do time cuiabano. Por ser um time relativamente novo, até o próprio vice-presidente reconhece que um dos trabalhos a ser feito é a de criação de uma identificação com os torcedores da região do Mato Grosso. A lógica é que quanto maior a torcida, maiores serão os públicos e arrecadações no geral.

Enquanto não alcançam um patamar econômico parecido com os grandes times, Dresch parece ter um plano bem traçado para o clube. Isso fica evidente no comportamento do Dourado no mercado da bola. A escolha por jogadores com vivências e experiências em outras equipes tem uma justificativa:

“A questão psicológica é muito diferente na Série A. Nós jogamos em estádio cheio, torcida contra, contra equipes grandes. É necessário ter jogadores experientes no elenco, um cara que não se assusta em lugar nenhum. Temos vários com esse perfil, como Walter, Rodriguinho, Everton, André Felipe...”

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A presença dos mais experientes no time não exclui a participação dos mais jovens na equipe principal, como é o caso do lateral João Lucas, de 24 anos. “Essa mistura ajuda a ter um time que consegue competir fisicamente e que tenha ainda um preparo mental”, complementa Cristiano.

Ainda tratando sobre jogadores jovens, o dirigente afirmou que, por mais que não tenham trazido muitos reforços para o time principal nesta janela de transferências, investiram pesado na contratação de jogadores para o time sub-23.

“A gente fez uma aposta no nosso elenco sub-23 e esperamos colher algum tipo de fruto dessa equipe já esse ano. O mercado está complicado com times novos entrando agora de forma agressiva, e vemos nos jovens uma maneira de abastecer com qualidade o nosso elenco em um futuro próximo”.

Resta saber se o plano dará certo. Resultados já estão começando a aparecer, e o Cuiabá disputa nesta quarta-feira (13) seu primeiro jogo oficial fora do Brasil contra o Racing, na Argentina, pela Copa Sul-Americana.

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