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Reprodução/Instagram @bernardo_actos
Reprodução/Instagram @bernardo_actos

Uma das grandes estrelas da ginástica artística brasileira, Bernardo Actos falou sobre suas pretensões na carreira e sobre o futuro do esporte no Brasil. Em entrevista exclusiva ao site da TV Cultura, o atleta também abordou seu início na modalidade, seus campeonatos, seus títulos e sua lesão que o tirou dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020.

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Confira os destaques do esporte na TV Cultura neste fim de semana

Carreira

Bernardo era um menino “muito agitado” que vivia em Sete Lagoas, cidade de Minas Gerais localizada a 72 quilômetros da capital Belo Horizonte. Após muitas tentativas, ele achou seu esporte com apenas seis anos de idade. “Minha mãe já havia me colocado em vários esportes, como futebol, judô... Mas nenhum deles dava certo, porque eu só queria saber de dar cambalhota, subir nas coisas, pular na cama, fazer mortal”, contou o atleta.

Mesmo com a pouca idade, o ginasta já se sagrou campeão sul-americano (em 2012, 2014 e 2015), panamericano (em 2011 e 2016), mundial (em 2016) e brasileiro (em 2010, 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016 e 2021). Também ficou em quarto lugar por equipes na Copa do mundo DTB pokal em 2019.

Após sofrer uma lesão no ombro nas fases pré-classificatórias, Bernardo ficou de fora dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. No entanto, ele é um dos principais candidatos a representar o Brasil em Paris 2024. Sua volta às competições acontecerá em agosto, no Campeonato Brasileiro.


A "pedra no sapato"

Em seu retorno, o atleta competirá nas modalidades no solo, cavalo com alças, barras paralelas e barra fixa. Ao abordar a competição, ele alegou que o ‘cavalo’ não é seu forte, mas fará o possível para torná-lo seu principal trunfo e mudar o contexto do Brasil com relação ao equipamento.

“A gente compete tudo. Não tem como, a gente sobe lá para fazer o nosso melhor. Na verdade, o cavalo é um aparelho bem crítico do Brasil. É um dos aparelhos nos quais o Brasil mais peca”, disse Bernardo. Ao apontar grandes nomes do esporte brasileiro como Diego Hypólito, Arthur Zanetti e Arthur Nory, por exemplo, ele destacou que a modalidade não é onde eles se destacam. Pelo menos, não tanto quanto nas argolas ou na barra, por exemplo.

Para Bernardo, “o cavalo é muito traiçoeiro. Se entrar um pouco desatento, um pouco nervoso, ele derruba mesmo”. “Uma coisa que eu gosto de pensar para treinar cavalo é que o Brasil precisa disso


Futuro da ginástica

O jovem talento também falou sobre suas expectativas para o futuro do esporte no país e no mundo. Além de ressaltar que “a ginástica tem evoluído muito”, não só no Brasil como em todo o planeta, ele colocou o Japão como um exemplo a ser seguido. “Os japoneses sempre foram e sempre serão o topo da ginástica. Então são eles que a gente tem que ver como exemplo e tentar seguir o caminho deles”, completou.

“Eu acredito que a ginástica brasileira está, também, nesse caminho de evolução. Tem gerações novas aí com meninos muito bons, que vão dar conta do recado e entrar no cenário junto comigo”, concluiu Bernardo.