“É um orgulho seguir levando a imagem dele, por tudo o que ele construiu”, diz filho do Gaúcho da Copa
Após sua morte, no ano de 2015 em decorrência de um câncer, Gustavo Fernandes, junto com seu irmão Frank, decidiram continuar o legado do pai acompanhando a seleção brasileira
08/06/2022 09h42
Clóvis Acosta Fernandes, o famoso “Gaúcho da Copa”, nasceu em 1955, no Rio Grande do Sul e se tornou torcedor símbolo do país após acompanhar a Seleção Brasileira em sete mundiais, desde a Copa do Mundo realizada na Itália, em 1990.
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O Gaúcho também acompanhava a Canarinho nas Copas Américas, das Confederações e Olimpíadas. Ele percorreu mais de 60 países e assistiu a mais de 150 partidas da seleção.
Apesar de ter conquistado dois mundiais com a Seleção Brasileira, uma foto de Clóvis chorando abraçado com a taça na partida que a Alemanha venceu o Brasil por 7 a 1 viralizou nas redes sociais.
“Fico chateado por ter viralizado daquela forma, pois ele era muito alegre. Aquele choro não foi pela derrota em si, foi porque ele sabia que aquela era a última Copa do Mundo dele”.
Gustavo conta que o pai já sabia que estava doente e esperava fechar seu ciclo acompanhando a Seleção Brasileira com o hexa em casa.
Após sua morte, no ano de 2015 em decorrência de um câncer, Gustavo Fernandes, junto com seu irmão Frank, decidiram continuar o legado do pai.
E assim, os filhos do “Bigode” acompanharam o Brasil na busca do inédito ouro no futebol, que foi conquistado nas Olimpíadas do Rio, em 2016, único título da seleção que Clóvis não viu, justamente contra a Alemanha.
Gustavo levou o chapéu e a taça que o pai usava ao Maracanã e, logo, muitos torcedores começaram a reconhecer os objetos.
“A galera nos abordava e começava a falar do nosso pai. Isso nos motivou e nos deu forças para continuar, é um orgulho seguir levando a imagem dele, por tudo o que ele construiu”.
Gustavo explica que ele e o irmão não iam para o mundial na Rússia até 15 dias antes do início da competição.
“Estávamos ainda em um processo de depressão, luto e de desorganização sobre a viagem. Então, um amigo do meu pai nos deu uma ajuda de custo e as passagens”.
O criador de conteúdo lembra que o valor não cobria a viagem toda e conta que quase dormiram nas ruas de Rostov. Até que receberam a ajuda dos locais e até do então presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo.
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O filho do gaúcho já está ansioso e com muita expectativa para a Copa do Catar. “Estou com um sentimento monstro, me lembrando de 1994, quando a nossa seleção era desacreditada”.
“Ainda é o Brasil, ainda somos penta. Única seleção. É o futebol mais amado do planeta. Quando se fala de futebol, se fala de Brasil, e vai ser sempre o país do futebol, pela essência e pela magia que temos. Existe uma malemolência e uma ginga que só o brasileiro tem. É diferente”, disse Gustavo.
Ele explica que está organizando um projeto para o mundial deste ano, mas que o projeto está nas mãos de Deus. “É a copa mais cara da história. Se Deus me der saúde, estarei lá”.
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