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Divulgação/Sailing Energy
Divulgação/Sailing Energy

De olho nas Olimpíadas de Paris em 2024, o velejador Mateus Isaac aparece como candidato a conquistar uma medalha para o Brasil. O atleta de windsurf tem feito um ciclo olímpico positivo e, atualmente, ocupa a terceira colocação no ranking mundial de sua modalidade.

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No entanto, sua trajetória no cenário esportivo teve início longe dos mares e oceanos. Nascido em São Paulo, Mateus fez parte de uma escolinha de futebol durante a infância. Ao mesmo tempo, começou a praticar vela em Ilhabela, litoral de São Paulo, por influência de seu pai, mas seu principal foco era o esporte da bola redonda.

“Eu jogava futebol ao longo da semana e velejava aos sábados e domingos. Só que teve uma época em que disputei torneios pela escolinha que eram realizados aos finais de semana. Também participava de campeonatos de futebol na escola. Aí, por conta disso, acabei ficando sem velejar dos sete aos 10 anos de idade”, disse o atleta.

Mateus voltou a velejar apenas quando sua família se mudou para Florianópolis (SC), porém, seguiu dando prioridade para sua carreira no futebol. Ele chegou a fazer um teste e ser aprovado nas categorias de base do Figueirense, mas teve problemas para participar dos treinos e deixou o clube.

Com a saída, passou a dar mais importância para a prática da vela e, após retornar para São Paulo, começou a disputar competições juniores de windsurf a partir dos 14 anos.

Mateus obteve bons resultados logo em seus primeiros campeonatos, sendo campeão brasileiro e sul-americano júnior aos 15 anos e mundial aos 18. Contudo, não conseguiu encontrar patrocinadores para investir em sua carreira no windsurf, o que o fez pensar em desistir do esporte e começar a cursar administração em 2012.

“Foi um pouco complicado entender o que aconteceu. Mesmo com esses títulos, não recebi o investimento que precisava para seguir no windsurf. Com isso, pensei em abandonar a modalidade e entrei na faculdade de administração para ter uma opção caso tudo desse errado no esporte”, declarou Mateus.

Porém, depois de ficar em segundo lugar no mundial do ano seguinte, Mateus foi contatado por um patrocinador e recebeu um convite para estudar e praticar windsurf no Havaí, nos Estados Unidos.

O brasileiro aceitou a proposta e morou durante quatro anos no estado americano. Lá, concluiu a faculdade e decidiu que iria investir em sua profissionalização como atleta.

Após ser bicampeão do mundo júnior com 20 anos, Mateus passou a fazer parte do Tour Mundial da modalidade. Mais tarde, com 24 anos, venceu sua primeira etapa do circuito na categoria foil e terminou o ano em quinto lugar geral, realizando uma de suas melhores temporadas na carreira.

Hoje, o principal objetivo de Mateus é garantir sua presença nos Jogos Olímpicos de Paris. Com a entrada da categoria foil na última edição das Olimpíadas, em Tóquio, o atleta tem a chance de participar de um dos maiores eventos esportivos do mundo e realizar o sonho de conquistar uma medalha para o Brasil.

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